São Paulo, domingo, 27 de setembro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

JUCA KFOURI

Os pênaltis no Mineirão


Quantos foram? Um? Dois? Três? Quatro? Cinco? Ou nenhum? Há controvérsias. E como! Viva a arbitragem!


A POLÊMICA até já valeu mais uma deliciosa coluna do vizinho Xico Sá. E os dois equilibrados colunistas de "O Globo", Fernando Calazans e Renato Maurício Prado, manifestaram a certeza de que os times paulistas têm sido favorecidos, não por bairrismo ou bobagens provincianas do gênero, mas pelo poderio que exercem junto à CBF e sua frágil comissão de arbitragem, a exemplo do que já aconteceu com os clubes cariocas, quando seus times eram bons.
Tudo pela indignação que a arbitragem do jogo entre Cruzeiro e Palmeiras causou, em prejuízo do time mineiro.
Para os loucos por pênaltis, houve cinco, a saber: de Wendel em Kléber, que teve seu calção puxado pelo palmeirense; de Jumar em Fabrício, quase comparável ao famoso pênalti não marcado de Fábio Costa em Tinga, no Corinthians x Inter de 2005; um de Marcão, ao calçar, de costas, um rival, outro de Armero, em Guerrón, e mais um de Figueroa.
Este colunista, que não é maluco por pênaltis, mas que acha que a falta que é marcada fora da área deve ser marcada dentro, porque assim diz a lei, concorda com os dois primeiros. "Só" houve dois pênaltis.
Já os respeitáveis companheiros que são mais rigorosos em relação à marcação de penais acham que não houve pênalti algum, com o que, é claro, há de concordar o assoprador de apito Evandro Rogério Roman, suspenso por 30 dias, seis dias para cada falta fatal não assinalada, dirão os loucos por pênaltis.
Esse apitador, por sinal, protagonizou uma das arbitragens mais desastrosas já vistas no país, mais até que a do Mineirão, num jogo entre Londrina e Engenheiro Beltrão, com prejuízo para o menor, como é habitual. E, não satisfeito, aciona na Justiça, em busca de R$ 325 mil, quem tornou nacionais as imagens do jogo. O pior é que é capaz de ganhar...
Ora, se Neném Prancha tinha razão ao dizer que pênalti é tão importante que deveria ser batido pelo presidente do clube, e se não vale discuti-lo mais do que falar de mulher, como aponta Xico Sá, o que vamos fazer de nossas vidas?

A retina
No dia 24 de setembro, fez 40 anos que, no Pacaembu, uma bolada acidental do zagueiro corintiano Ditão descolou a retina de Tostão, o que acabou por abreviar a carreira de um dos melhores jogadores da história do futebol mundial.
Felizmente, ao menos, e a todo risco, ele conseguiu ainda jogar a Copa de 1970, depois de ser operado em Houston, nos EUA.
Como nunca, por causa de uma retina, o Brasil disse a Houston que nós tínhamos um problema.

Garotos-propaganda
A coluna agradece as mensagens, principalmente as de estudantes de jornalismo, sobre o texto "Nós, os jornalistas "esportivos'".
Reitero, aos que perguntaram, que quem é garoto-propaganda na imprensa não só vende sua opinião e testemunho. Porque há quem se ofereça, graciosamente, para ocupar qualquer espaço que possa dar prestígio, pois não vive de salário de jornalista, mas de patrocinadores. Os quais também promete levar aos veículos, em concorrência desleal com quem faz jornalismo.

blogdojuca@uol.com.br


Texto Anterior: Seleção sub-20: Brasil estreia contra a Costa Rica no Mundial
Próximo Texto: O que ver na TV
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.