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Presidente ressurge no São Paulo
Má fase e fim da "novela Morumbi" repõem Juvenal no dia a dia do time
RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO
A temporada tumultuada
do São Paulo tirou Juvenal
Juvêncio do ostracismo.
O presidente, que pouco
era notado no CT da Barra
Funda, voltou a frequentar
os treinos da equipe. Não da
tradicional forma reservada.
Agora, ele quer ser notado.
Juvenal visitou o elenco
antes dos três últimos jogos.
Na véspera da derrota por 3 a
0 para o Goiás, anteontem,
acompanhou os trabalhos de
dentro do campo, ao lado do
auxiliar Milton Cruz.
O mandatário também foi
visto nos últimos dias conversando com Sérgio Baresi
durante um treinamento, o
que obrigou o técnico a negar
qualquer interferência do
chefe no seu trabalho.
"Eu acho que não houve
nenhuma modificação na rotina dele. O Juvenal vai pelo
menos três vezes por semana
ao CT. Na maioria das vezes,
os jornalistas nem ficam sabendo. Mas, em alguns momentos, ele fica mais visível
para mostrar a todos o apoio
que dá aos jogadores", disse
o diretor de futebol do clube,
João Paulo de Jesus Lopes.
Após quatro anos brigando pelo título brasileiro, o
São Paulo de 2010 está longe
até mesmo de uma vaga para
a próxima Libertadores.
O clube, que disputa o torneio ininterruptamente desde 2004, está dez pontos
atrás do Cruzeiro, terceiro colocado no Brasileiro e último
classificado para a competição sul-americana.
Além das aparições em
treinos, Juvenal precisou ir a
público recentemente para
descartar a contratação de
Dorival Jr. e defender a manutenção de Sérgio Baresi.
Técnico, aliás, que tem seguido à risca a cartilha do dirigente: aumentar o espaço da
base no elenco profissional.
"O presidente vai semanalmente a Cotia [onde treinam as categorias inferiores].
Conhece até os jogadores do
infantil e juvenil", declarou o
superintendente de futebol
Marco Aurélio Cunha.
QUESTÃO MORUMBI
Os próprios dirigentes admitem que o aumento de visibilidade de Juvenal no futebol do clube também está ligado à interrupção da novela
sobre a participação do Morumbi na Copa de 2014.
O projeto do estádio foi excluído dos planos depois de a
Fifa recusar uma proposta
mais barata de reforma apresentada pelo São Paulo.
Nos bastidores, a diretoria
ainda fala em uma possível
reviravolta. Mas o caso caiu
para um segundo plano.
"O esfriamento dessa história deu mais tempo a ele.
Antes, o Juvenal estava muito ocupado com as coisas do
Morumbi. Não que ele tenha
abandonado o futebol, mas
agora o espaço é maior para
se dedicar ao dia a dia", declarou o vice de futebol Carlos Augusto de Barros e Silva.
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