São Paulo, sexta-feira, 27 de outubro de 2000

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Zagueiro do Palmeiras aponta menosprezo

DA REPORTAGEM LOCAL

O zagueiro Paulo Turra, do Palmeiras, disse ontem que houve menosprezo ao time por parte de alguns jogadores do Cruzeiro no empate de anteontem em 0 a 0 entre as duas equipes, em Ipatinga (MG), pela Copa Mercosul.
""Falavam que nós estamos no Palmeiras hoje porque a diretoria mandou os jogadores de nome embora, menosprezando a nossa equipe, perguntando qual é o nosso salário", afirmou.
Segundo o atleta palmeirense, isso não começou anteontem e vem desde o primeiro confronto entre os dois times pela Copa Mercosul, vencido pelos mineiros por 2 a 0, no dia 7 do mês passado, no Parque Antarctica.
Para o zagueiro, a atitude também é um desrespeito ao clube. ""Estão desrespeitando o Palmeiras, time em que alguns deles já jogaram e fizeram história", criticou. ""Dentro de campo, não se ganha com nome", completou.
Apesar de sua indignação, Paulo Turra não quis revelar de quais atletas do Cruzeiro teriam partido as provocações. ""Quatro ou cinco fizeram", se limitou a dizer.
O palmeirense também acredita que a atitude não é uma estratégia da equipe mineira para desestabilizar o adversário. ""Não é de caso pensado. O Felipão (Luiz Felipe Scolari, técnico do Cruzeiro) não fecha com isso", avaliou.
Ele ainda exprimiu sua revolta com o episódio. ""A torcida vai encher o estádio na quarta (data do jogo de ida pelas quartas-de-final da Mercosul, em São Paulo), e nós vamos ganhar do Cruzeiro, para mostrar que não somos o que eles pensam, um time teoricamente mais fácil de ganhar."
Nessa partida, o zagueiro não acha que haverá problemas entre os jogadores das duas equipes. ""Espero que haja respeito de ambas as partes", afirmou.
Paulo Turra foi um dos expulsos no confronto de anteontem, por reclamação, após falta cometida pelo cruzeirense Marcos Paulo em Taddei, que também motivou a expulsão do primeiro.
Já a intenção da CBF de excluir da próxima Copa do Brasil o Palmeiras e o Cruzeiro, que estarão disputando na mesma época a Taça Libertadores, surpreendeu o diretor de futebol do clube paulista, Américo Faria. ""Não tem nada uma coisa com a outra", disse. ""Isso não é critério", completou.
O dirigente falou ainda sobre a possibilidade de o colombiano Asprilla, que abandonou o Palmeiras e viu frustrada sua tentativa de jogar na Arábia Saudita, ser emprestado ao Fluminense. ""A Parmalat (atual parceira palmeirense e dona do passe do atleta) solicitou que fosse feita a rescisão de contrato para que o jogador fosse para outro clube", revelou.
O Palmeiras volta a atuar amanhã, contra o Santa Cruz, pela Copa João Havelange. (JCB)


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