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Zagueiro do Palmeiras aponta menosprezo
DA REPORTAGEM LOCAL
O zagueiro Paulo Turra, do Palmeiras, disse ontem que houve
menosprezo ao time por parte de
alguns jogadores do Cruzeiro no
empate de anteontem em 0 a 0 entre as duas equipes, em Ipatinga
(MG), pela Copa Mercosul.
""Falavam que nós estamos no
Palmeiras hoje porque a diretoria
mandou os jogadores de nome
embora, menosprezando a nossa
equipe, perguntando qual é o nosso salário", afirmou.
Segundo o atleta palmeirense,
isso não começou anteontem e
vem desde o primeiro confronto
entre os dois times pela Copa
Mercosul, vencido pelos mineiros
por 2 a 0, no dia 7 do mês passado,
no Parque Antarctica.
Para o zagueiro, a atitude também é um desrespeito ao clube.
""Estão desrespeitando o Palmeiras, time em que alguns deles já
jogaram e fizeram história", criticou. ""Dentro de campo, não se
ganha com nome", completou.
Apesar de sua indignação, Paulo Turra não quis revelar de quais
atletas do Cruzeiro teriam partido
as provocações. ""Quatro ou cinco
fizeram", se limitou a dizer.
O palmeirense também acredita
que a atitude não é uma estratégia
da equipe mineira para desestabilizar o adversário. ""Não é de caso
pensado. O Felipão (Luiz Felipe
Scolari, técnico do Cruzeiro) não
fecha com isso", avaliou.
Ele ainda exprimiu sua revolta
com o episódio. ""A torcida vai encher o estádio na quarta (data do
jogo de ida pelas quartas-de-final
da Mercosul, em São Paulo), e nós
vamos ganhar do Cruzeiro, para
mostrar que não somos o que eles
pensam, um time teoricamente
mais fácil de ganhar."
Nessa partida, o zagueiro não
acha que haverá problemas entre
os jogadores das duas equipes.
""Espero que haja respeito de ambas as partes", afirmou.
Paulo Turra foi um dos expulsos no confronto de anteontem,
por reclamação, após falta cometida pelo cruzeirense Marcos Paulo em Taddei, que também motivou a expulsão do primeiro.
Já a intenção da CBF de excluir
da próxima Copa do Brasil o Palmeiras e o Cruzeiro, que estarão
disputando na mesma época a
Taça Libertadores, surpreendeu o
diretor de futebol do clube paulista, Américo Faria. ""Não tem nada
uma coisa com a outra", disse.
""Isso não é critério", completou.
O dirigente falou ainda sobre a
possibilidade de o colombiano
Asprilla, que abandonou o Palmeiras e viu frustrada sua tentativa de jogar na Arábia Saudita, ser
emprestado ao Fluminense. ""A
Parmalat (atual parceira palmeirense e dona do passe do atleta)
solicitou que fosse feita a rescisão
de contrato para que o jogador
fosse para outro clube", revelou.
O Palmeiras volta a atuar amanhã, contra o Santa Cruz, pela Copa João Havelange.
(JCB)
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