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COMENTÁRIO
Tenista ainda tenta encontrar algo para mirar
ROBERTO DIAS
EDITOR-ASSISTENTE DE ESPORTE
Foi um ano muito esquisito esse 2003 de Guga. Os dois
últimos meses, especialmente complicados. Ele fez sua
pior temporada nos EUA. O
Brasil caiu para a segunda
divisão da Davis. Ganhar no
Sauípe, o "remédio" do ano
passado, foi pelo ralo desta
vez. A busca por explicações
não demorou a começar: família, preparo físico, deficiência técnica.
A resposta talvez tenha
aparecido ontem, quando
ele falou em "motivação".
Guga dá sinais de tatear
atrás dela, após ganhar no
Grand Slam, de mostrar que
sabe jogar fora do saibro, de
ser número um e de se garantir financeiramente.
Há muito não vale perguntar se ele é bom. Mas é o caso
de tentar descobrir se quer
pagar o preço de seguir bom
-em sacrifício de tempo
para curtir as maravilhas de
Floripa, por exemplo.
O título é uma reação, rápida até, aos últimos meses.
Falta saber quando e por que
virá o próximo espasmo de
motivação. No tênis, Pete
Sampras parece fora de alcance. No tênis do Brasil, há
algo a fazer na Davis, mas o
rebaixamento a tornou um
ponto distante. Quem sabe
Guga não encontra um alvo
com a cor do ouro olímpico?
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