|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Time leva 3 a 2 do Atlético-PR, e torcida só poupa "artilheiro" Coelho
Corinthians sofre virada e sai hostilizado de campo
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL
O Corinthians, mais uma vez, tirou sua torcida do sério. Depois
de fazer 2 a 0 no primeiro tempo,
a equipe permitiu a reação e a virada do Atlético-PR na fase final e
deixou o gramado do Pacaembu
sob vaias e xingamentos.
Com o resultado, o próprio técnico Juninho, um dos poucos que
insistiam nas chances de o time ficar entre os cinco primeiros do
Nacional e conseguir uma vaga na
Libertadores, parece ter jogado a
toalha de vez.
""Não é na Libertadores que estou pensando, é na camisa do Corinthians. Os jogadores têm de ser
homens, honrar a camisa, temos
um nome a zelar", afirmou.
Com o sonho da Libertadores
deixado de lado, Juninho espera
que a equipe possa se soltar. ""Vamos ver se, a partir de agora, eles
jogam sem tanta pressão. Quem
sabe não aparece um futebol mais
alegre, descontraído, com um
melhor astral, enfim."
O que o técnico quer, em outras
palavras, é um time bem diferente
daquele que se viu ontem no Pacaembu. No primeiro tempo, apesar de ter terminado em vantagem, o Corinthians apresentou
seguidas falhas no sistema defensivo, e os paranaenses ganharam
de presente pelo menos três boas
chances para marcar.
Na melhor oportunidade, logo
aos 6min, Dagoberto desperdiçou. Livre diante de Doni, não
conseguiu marcar. O goleiro, que
não jogava desde 7 de setembro,
fez bela defesa.
Se os paranaenses tiveram três
chances para marcar, o mesmo
ocorreu com os corintianos. Só
que duas eles não desperdiçaram.
Aos 8min, o lateral Coelho cobrou falta com precisão, chutando forte no canto direito do goleiro Diego, e marcou. O mesmo
Coelho fez o segundo, de novo de
falta, aos 33min. Dessa vez cobrou
no lado esquerdo do gol de Diego,
que não conseguiu pegar.
A terceira chance foi com Jamelli, que, livre diante do goleiro,
chutou em cima dele, para desespero da torcida corintiana, que já
vinha pegando em seu pé.
Para o segundo tempo, o técnico Mário Sérgio colocou Fabrício
em lugar de Alessandro e Fernando no de Ivan, mandando a equipe do Paraná para o ataque.
Aos 6min, logo depois de o atacante Jô ter errado chute, livre
diante do gol do Atlético, Dagoberto roubou a bola da defesa rival e tocou para Rogério Corrêa.
O zagueiro chutou para diminuir,
antecipando-se a Doni, que não
esboçou reação.
Aos 19min, pouco depois de
Diego ter feito bela defesa em chute de Gil, os paranaenses empataram. Fabrício cobrou uma falta
para a área, e Fabinho, com Rogério Corrêa a seu lado no lance,
marcou contra.
Apesar de ter perdido Tiago, expulso de campo, os paranaenses
seguiram no ataque. Foram coroados com a virada aos 47min,
por intermédio de Douglas, em
cobrança de falta.
Revoltados, os torcedores
-4.516 pagantes viram o jogo-
passaram a hostilizar a equipe.
Sobrou principalmente para Jô,
Jamelli, Robert, Doni, eternamente apupado pelas arquibancadas,
e a diretoria. O único a se salvar
foi Coelho, autor dos dois gols do
Corinthians, que deixou o gramado reclamando de dores na virilha, e o goleiro Rubinho, afastado
por 15 dias por contusão, que teve
sua volta ao time pedida em coro.
Texto Anterior: O que ver na TV Próximo Texto: Para se motivar, time parte para o "faz-de-conta" Índice
|