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São Paulo, segunda-feira, 27 de outubro de 2003

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FUTEBOL

Time leva 3 a 2 do Atlético-PR, e torcida só poupa "artilheiro" Coelho

Corinthians sofre virada e sai hostilizado de campo

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Corinthians, mais uma vez, tirou sua torcida do sério. Depois de fazer 2 a 0 no primeiro tempo, a equipe permitiu a reação e a virada do Atlético-PR na fase final e deixou o gramado do Pacaembu sob vaias e xingamentos.
Com o resultado, o próprio técnico Juninho, um dos poucos que insistiam nas chances de o time ficar entre os cinco primeiros do Nacional e conseguir uma vaga na Libertadores, parece ter jogado a toalha de vez.
""Não é na Libertadores que estou pensando, é na camisa do Corinthians. Os jogadores têm de ser homens, honrar a camisa, temos um nome a zelar", afirmou.
Com o sonho da Libertadores deixado de lado, Juninho espera que a equipe possa se soltar. ""Vamos ver se, a partir de agora, eles jogam sem tanta pressão. Quem sabe não aparece um futebol mais alegre, descontraído, com um melhor astral, enfim."
O que o técnico quer, em outras palavras, é um time bem diferente daquele que se viu ontem no Pacaembu. No primeiro tempo, apesar de ter terminado em vantagem, o Corinthians apresentou seguidas falhas no sistema defensivo, e os paranaenses ganharam de presente pelo menos três boas chances para marcar.
Na melhor oportunidade, logo aos 6min, Dagoberto desperdiçou. Livre diante de Doni, não conseguiu marcar. O goleiro, que não jogava desde 7 de setembro, fez bela defesa.
Se os paranaenses tiveram três chances para marcar, o mesmo ocorreu com os corintianos. Só que duas eles não desperdiçaram.
Aos 8min, o lateral Coelho cobrou falta com precisão, chutando forte no canto direito do goleiro Diego, e marcou. O mesmo Coelho fez o segundo, de novo de falta, aos 33min. Dessa vez cobrou no lado esquerdo do gol de Diego, que não conseguiu pegar.
A terceira chance foi com Jamelli, que, livre diante do goleiro, chutou em cima dele, para desespero da torcida corintiana, que já vinha pegando em seu pé.
Para o segundo tempo, o técnico Mário Sérgio colocou Fabrício em lugar de Alessandro e Fernando no de Ivan, mandando a equipe do Paraná para o ataque.
Aos 6min, logo depois de o atacante Jô ter errado chute, livre diante do gol do Atlético, Dagoberto roubou a bola da defesa rival e tocou para Rogério Corrêa. O zagueiro chutou para diminuir, antecipando-se a Doni, que não esboçou reação.
Aos 19min, pouco depois de Diego ter feito bela defesa em chute de Gil, os paranaenses empataram. Fabrício cobrou uma falta para a área, e Fabinho, com Rogério Corrêa a seu lado no lance, marcou contra.
Apesar de ter perdido Tiago, expulso de campo, os paranaenses seguiram no ataque. Foram coroados com a virada aos 47min, por intermédio de Douglas, em cobrança de falta.
Revoltados, os torcedores -4.516 pagantes viram o jogo- passaram a hostilizar a equipe. Sobrou principalmente para Jô, Jamelli, Robert, Doni, eternamente apupado pelas arquibancadas, e a diretoria. O único a se salvar foi Coelho, autor dos dois gols do Corinthians, que deixou o gramado reclamando de dores na virilha, e o goleiro Rubinho, afastado por 15 dias por contusão, que teve sua volta ao time pedida em coro.



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