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São Paulo, segunda-feira, 27 de outubro de 2003

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VÔLEI

Rumo a Atenas

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

Chegou a hora. Sábado, a seleção feminina brasileira começa a luta por uma das três vagas para a Olimpíada de Atenas, que estarão em jogo na Copa do Mundo do Japão. Dos 12 times, os favoritos são Brasil e China. A outra vaga deve ser decidida entre Itália e Estados Unidos, mas Cuba pode dar trabalho.
O torneio já começa em alto estilo. Logo na primeira rodada, tem o confronto entre as duas melhores seleções: Brasil e China. O vencedor desse jogo vai dar um grande passo para a classificação, já que a Copa do Mundo é em turno único: os três mais bem colocados garantem as vagas.
Mas afinal, é vantagem ou não enfrentar as chinesas já na estréia? O lado bom é que o Brasil está com um time pouco conhecido. Até o Grand Prix, em agosto, a equipe era comandada por Marco Aurélio Motta e não tinha jogadoras como Fernanda Venturini, Fofão, Érika e Walewska.
Não por acaso, nos quatro amistosos que a seleção brasileira fez no início do mês nos EUA, o técnico José Roberto Guimarães não permitiu que os jogos fossem filmados por ninguém da arquibancada. É muito comum "espiões", de outros países, gravarem os jogos dos adversários.
Para manter o mistério, a comissão técnica também não marcou outros jogos-treinos antes da Copa do Mundo. O objetivo é surpreender os adversários com as novidades da seleção. Essa é a vantagem de enfrentar logo a China. O lado negativo é que em estréia o time sempre fica mais tenso e não rende tanto.
A equipe titular do Brasil terá a levantadora Fernanda Venturini na diagonal da oposto Bia; nas pontas, Virna e Érika; e no meio Walewska e Valesquinha. É um time com muita velocidade no ataque e com muito volume de jogo. Um dos fundamentos mais exigidos pelo técnico nos treinos tem sido a defesa.
A ausência da Rússia, que não conseguiu se classificar e nem foi convidada pela Federação Internacional para disputar a Copa do Mundo, facilita a trajetória de Brasil e China. As gigantes russas, atuais vice-campeãs olímpicas, seriam também uma das favoritas para a conquista do título.
A maior dificuldade das seleções na Copa do Mundo é física. O torneio é muito cansativo. São 11 jogos em 15 dias. Mais: cada seleção jogará em quatro cidades diferentes. Na parte técnica, não tem muito mistério. Talvez seja a Copa do Mundo com o maior número de seleções sem muita tradição no vôlei.
Basta dar uma olhada nos participantes. Dos 12, cinco não têm tradição: Egito, República Dominicana, Argentina, Polônia e Turquia. Aliás, as polonesas e as turcas, que surpreenderam e fizeram a final do Campeonato Europeu, são os enigmas do torneio.
Já Coréia, Japão e Cuba são do grupo intermediário. A Itália, atual campeã mundial, é muito irregular, ainda mais que jogará sem a oposto Togut, uma das estrelas do time. Ou seja, sobram Brasil, China e Estados Unidos.
Se nada de muito errado acontecer, as brasileiras voltam do Japão classificadas para os Jogos Olímpicos de Atenas.

Italiano
O Montichiari, do levantador Maurício e do atacante Joel, que já chegou a liderar o Campeonato Italiano, sofreu mais uma derrota no fim de semana. Perdeu para o Parma, do levantador Meoni, por 3 sets a 1. Joel, com 19 pontos, foi eleito o melhor jogador da partida. Foi a quarta derrota do Montichiari em sete jogos. O Trentino, do atacante Bernardi, é o líder com cinco vitórias e duas derrotas.

Paulista
O Suzano, do técnico Ricardo Navajas, vai disputar mais uma final. Será a 11ª decisão nos últimos 12 anos. O adversário será o São Paulo/ Ulbra, atual campeão brasileiro. No feminino, o BCN/Osasco já está classificado para a decisão. Quarta, São Caetano e Pinheiros, que estão empatados com uma vitória cada um, decidem a outra vaga.


E-mail: cidasan@uol.com.br


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