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VÔLEI
Rumo a Atenas
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
Chegou a hora. Sábado, a seleção feminina brasileira começa a luta por uma das três vagas para a Olimpíada de Atenas,
que estarão em jogo na Copa do
Mundo do Japão. Dos 12 times, os
favoritos são Brasil e China. A outra vaga deve ser decidida entre
Itália e Estados Unidos, mas Cuba pode dar trabalho.
O torneio já começa em alto estilo. Logo na primeira rodada,
tem o confronto entre as duas melhores seleções: Brasil e China. O
vencedor desse jogo vai dar um
grande passo para a classificação,
já que a Copa do Mundo é em
turno único: os três mais bem colocados garantem as vagas.
Mas afinal, é vantagem ou não
enfrentar as chinesas já na estréia? O lado bom é que o Brasil
está com um time pouco conhecido. Até o Grand Prix, em agosto, a
equipe era comandada por Marco Aurélio Motta e não tinha jogadoras como Fernanda Venturini, Fofão, Érika e Walewska.
Não por acaso, nos quatro
amistosos que a seleção brasileira
fez no início do mês nos EUA, o
técnico José Roberto Guimarães
não permitiu que os jogos fossem
filmados por ninguém da arquibancada. É muito comum "espiões", de outros países, gravarem
os jogos dos adversários.
Para manter o mistério, a comissão técnica também não marcou outros jogos-treinos antes da
Copa do Mundo. O objetivo é surpreender os adversários com as
novidades da seleção. Essa é a
vantagem de enfrentar logo a
China. O lado negativo é que em
estréia o time sempre fica mais
tenso e não rende tanto.
A equipe titular do Brasil terá a
levantadora Fernanda Venturini
na diagonal da oposto Bia; nas
pontas, Virna e Érika; e no meio
Walewska e Valesquinha. É um
time com muita velocidade no
ataque e com muito volume de jogo. Um dos fundamentos mais
exigidos pelo técnico nos treinos
tem sido a defesa.
A ausência da Rússia, que não
conseguiu se classificar e nem foi
convidada pela Federação Internacional para disputar a Copa do
Mundo, facilita a trajetória de
Brasil e China. As gigantes russas,
atuais vice-campeãs olímpicas,
seriam também uma das favoritas para a conquista do título.
A maior dificuldade das seleções na Copa do Mundo é física. O
torneio é muito cansativo. São 11
jogos em 15 dias. Mais: cada seleção jogará em quatro cidades diferentes. Na parte técnica, não
tem muito mistério. Talvez seja a
Copa do Mundo com o maior número de seleções sem muita tradição no vôlei.
Basta dar uma olhada nos participantes. Dos 12, cinco não têm
tradição: Egito, República Dominicana, Argentina, Polônia e Turquia. Aliás, as polonesas e as turcas, que surpreenderam e fizeram
a final do Campeonato Europeu,
são os enigmas do torneio.
Já Coréia, Japão e Cuba são do
grupo intermediário. A Itália,
atual campeã mundial, é muito
irregular, ainda mais que jogará
sem a oposto Togut, uma das estrelas do time. Ou seja, sobram
Brasil, China e Estados Unidos.
Se nada de muito errado acontecer, as brasileiras voltam do Japão classificadas para os Jogos
Olímpicos de Atenas.
Italiano
O Montichiari, do levantador Maurício e do atacante Joel, que já chegou a liderar o Campeonato Italiano, sofreu mais uma derrota no fim
de semana. Perdeu para o Parma, do levantador Meoni, por 3 sets a 1.
Joel, com 19 pontos, foi eleito o melhor jogador da partida. Foi a
quarta derrota do Montichiari em sete jogos. O Trentino, do atacante
Bernardi, é o líder com cinco vitórias e duas derrotas.
Paulista
O Suzano, do técnico Ricardo Navajas, vai disputar mais uma final.
Será a 11ª decisão nos últimos 12 anos. O adversário será o São Paulo/
Ulbra, atual campeão brasileiro. No feminino, o BCN/Osasco já está
classificado para a decisão. Quarta, São Caetano e Pinheiros, que estão empatados com uma vitória cada um, decidem a outra vaga.
E-mail: cidasan@uol.com.br
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