DA REPORTAGEM LOCAL

Mianmar já teve uma relativa tradição no futebol. Embora nunca tenha jogado eliminatórias de Copa do Mundo até este ano, a seleção do país chegou a ser vice-campeã da Ásia em 1968, quando ficou atrás apenas do Irã. Conseguiu medalhas em disputas continentais nos anos 60 e 70 e ganhou até o prêmio "fair play" nos Jogos Olímpicos de 1972.
Em 2001 e 2004, o país acabou se beneficiando do ""Projeto Goal" da Fifa e pôde construir novas instalações para a federação.
""Perdemos da China, mas é legal que vamos dando experiência para os jogadores. Nosso objetivo é jogar e vencer os SEA Games [Jogos dos países do Sudeste da Ásia, em dezembro, na Tailândia]. Nosso time tem 70% de jogadores sub-23", disse o técnico Marcos Falopa.
Em agosto, a seleção de Mianmar conseguiu bater por 1 a 0 Laos e Lesoto e se destacou num torneio na Malásia. Está em 147º lugar entre as 208 seleções do ranking da Fifa, com 144 pontos -subiu um posto neste mês.
""Não vamos comparar a China com o Sul da Ásia. Os caras são profissionais. Três jogadores estiveram no Brasil fazendo treinamento com 13 ou 14 anos. Alguns jogaram até Mundial. Tudo isso pesa. Vamos tentar jogar fechado, mais para perder de pouco e dar moral para os jogadores", afirmou o treinador brasileiro, que tem dificuldade até para diferenciar seus atletas.
""Descobri em um treinamento que tinha irmãos no time, os Win. Quando os vi correndo, percebi que se pareciam. Aí me liguei que tinham o sobrenome igual. Tem muito Win [contra a China, havia seis Win relacionados]. Uns têm até apelidos de jogadores brasileiros. Fica mais fácil. Tenho bom ambiente com eles. Aqui as pessoas são bem humildes", falou o técnico. (RBU)


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