São Paulo, sábado, 27 de outubro de 2007

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Calor forte assusta o líder São Paulo

Expectativa de atuar amanhã contra o Sport, no Recife, sob temperatura acima de 30C deixa equipe apreensiva

Preparador físico do time alerta para riscos de atuar nessas condições, e técnico Muricy Ramalho argumenta que reclamar não adianta

JULYANA TRAVAGLIA
DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo já elegeu o seu segundo adversário, além do Sport, para a partida de amanhã, no Nordeste.
Não bastasse ter de enfrentar uma equipe que busca se afastar cada vez mais da zona de rebaixamento -tem 43 pontos e ocupa a 15ª posição-, o time de Muricy Ramalho ainda terá de encarar o forte calor do Recife, a capital pernambucana.
E a partida, atendendo às exigências das emissoras de televisão que transmitem o jogo, acontece às 15h, na Ilha do Retiro, já que o Estado de Pernambuco não adota o horário de verão. A hora marcada para o confronto deve prejudicar ainda mais a equipe paulista, líder do Brasileiro com 67 pontos e que pode se tornar campeã do torneio caso haja uma combinação de resultados de Santos, Palmeiras e Cruzeiro -nenhum deles pode vencer seus jogos, além de o time do Morumbi ter de ganhar o seu.
"Cada um faz o que é do seu interesse. Se a TV paga bem e foi acertado esse horário, a gente não tem de ficar reclamando", disse o técnico Muricy Ramalho, que conhece bem o clima quente do Recife.
"Morei por dois anos [quando foi técnico do Náutico] e sei bem como é [o clima]. Mas tem de ir lá e ganhar com 40 C", emendou o treinador.
Uma das formas de amenizar o clima quente -os são-paulinos devem enfrentar temperatura de, no mínimo, 30 C- é a reposição de líqüidos e sais minerais durante a partida.
"O ideal é que em cada parada no jogo os atletas bebam água e também molhem a cabeça", disse Carlinhos Neves, preparador físico da equipe.
Carlinhos explica que, com o tempo quente, o jogador pode perder até 5% do peso corporal, correndo o risco de desfalecer. "Os dirigentes deveriam pensar um pouco nisso [calor], pois os jogadores se desgastam demais na partida nesse horário", completou o preparador físico.
Embora saiba dos riscos que seus atletas correm e da possível perda de rendimento, Carlinhos afirma que não teme por nenhum atleta são-paulino, porém ressalta que os jogadores sentirão muito mais os efeitos do clima que os pernambucanos. "Quem joga lá já está adaptado a tudo isso e não sente tanto. A temperatura será um grande vilão nesse jogo."


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