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contragolpe
No divã, Palmeiras rechaça "pipocar"
Diego Souza e Marquinhos encarnam estilo áspero de Muricy Ramalho e afirmam que time, em queda na reta final, não vai perder título
Em concentração, jogadores ignoram a aproximação de concorrentes pela conquista do Brasileiro e fazem mea-culpa
Almeida Rocha/Folha Imagem
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Jogadores do Palmeiras participam de treino físico realizado em Atibaia, onde o líder do Campeonato Brasileiro está concentrado
DA REPORTAGEM LOCAL
Ninguém falou que o Palmeiras não tem condições de ser
campeão brasileiro, foram os
resultados que expuseram a má
fase da equipe. Mesmo assim,
um ressentido Diego Souza desabafou, ontem, em Atibaia.
"Sabemos que deixamos a
desejar", disse, primeiramente
em tom de mea-culpa, o meia.
Depois, veio o disparo contra
não se sabe ao certo quem.
"Fomos massacrados, chamados de pipoqueiros e amarelões. Mas isso não vai nos atrapalhar porque sabemos que temos um grupo forte e vamos
reagir", disse o atleta, sem citar
o causador de tanta mágoa.
O fato é que esse tipo de discurso parece ter contagiado o
ambiente no qual a equipe está
concentrada, no interior do Estado, desde ontem de manhã.
Outro meio-campista a abraçar a causa foi Marquinhos,
candidato a substituto de Cleiton Xavier na ausência do titular, que está machucado.
"Não somos pipoqueiros. Essas acusações acontecem em
todos os lugares", afirmou ele,
também de forma genérica.
Apesar da insatisfação com
as "críticas", a reviravolta no
Brasileiro com a aproximação
ao Palmeiras de vários concorrentes à taça não parece preocupar tanto o time quanto o
que vem sendo dito sobre ele.
O próprio Diego Souza, por
exemplo, admitiu não ter
acompanhado muito de perto a
conclusão da última rodada.
"Fiquei sabendo hoje. Ontem
[anteontem] preferi ficar com a
minha família e descansar",
afirmou o camisa 7, para, em
seguida, minimizando a arrancada dos principais oponentes.
"Já esperávamos essa aproximação. Mesmo com muitos
clássicos, sabemos que a concorrência é forte", disse Diego.
A declaração meio "blasé"
pode ter sido apenas uma maneira de aliviar a tensão que tomou conta do grupo nas últimas semanas. Afinal, o Palmeiras perdeu pelo menos três
oportunidades de disparar na
liderança da competição.
E vale ressaltar, ainda, que
Diego Souza virou um dos nomes prediletos a serem pinçados pela assessoria de imprensa do clube na época de vagas
magras. E ele não se escondeu e
tem dado a cara para bater.
Mas chama a atenção o tom
irado nas falas dos jogadores.
Verdade que ele segue um pouco a linha do que vem ocorrendo com Muricy Ramalho, que
abriu mão da fase "zen" adotada no começo do trabalho no
clube para lembrar, cada vez
mais, seu estilo mal-humorado
dos tempos de São Paulo.
Nos últimos quatro jogos, o
Palmeiras empatou um e perdeu quatro. Viu, assim, sua diferença de cinco pontos sobre o
segundo colocado -hoje, o
Atlético-MG- cair para um.
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