São Paulo, quarta-feira, 27 de novembro de 2002

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PAINEL FC

Quase no telhado
São grandes as possibilidades de a nova MP do esporte ser engavetada. A pressão para que o presidente FHC não edite nova versão da medida provisória sobre o futebol vem até de setores aliados ao governo. Mesmo o primeiro escalão do Ministério do Esporte avalia que o risco de a MP não sair é grande.

Por mim
Do Rio, o deputado licenciado Ronaldo Cézar Coelho (PSDB), que relatou a MP39, rejeitada pelos líderes na Câmara, "aconselhou" FHC e a Euclides Scalco (Secretaria Geral) a não editar o documento defendido pela dupla Caio Carvalho/Portella -alegou que ele e o partido seriam desprestigiados.

Reação
O coordenador da equipe de transição do governo, Antônio Palocci, não gostou de saber que secretários de esporte do PT estão descontentes por não terem sido chamados a apresentar propostas a Lula. Eles devem ser ouvidos nos próximos dias.

Telefone vermelho
Embora não integre o grupo de trabalho sobre esporte criado a pedido de Lula, o jornalista Juarez Soares, que não conseguiu se eleger deputado federal pelo PT, está em alta na equipe de transição. Palocci disse que o atenderá a qualquer hora para ouvir propostas -e que Lula terá a mesma disposição.

Aproveitando...
O corintiano Alberto Dualib foi ontem ao Rio conhecer a nova sede da CBF. Na conversa com Ricardo Teixeira, voltou a pedir a inclusão do time na Copa Pan-Americana. Ouviu que a decisão só sai após o Brasileiro.

Antes da hora
Antes mesmo do jogo decisivo com o Santos, a diretoria do São Paulo começa a dizer que, se o time for desclassificado, será uma injustiça. "Se o campeonato fosse por pontos corridos, já seríamos campeões", disse o presidente Marcelo Portugal Gouvêa.

Leão e a jaula
A diretoria do Santos aprovou a idéia de Emerson Leão de confinar no interior os jogadores nas semanas do mata-mata. A avaliação é que, numa equipe jovem, repleta de jogadores solteiros, deixá-la "solta" às vésperas de uma decisão seria um risco.

Amigos
O hotel-fazenda onde o time está concentrado é de um amigo muito próximo de Leão, o palmeirense Bernardo Francez.

Pensando longe
Pelo menos uma cláusula do contrato entre a Federação Portuguesa e o técnico Luiz Felipe Scolari está certa: ele se encerraria logo após a Euro-04, a ser organizada pelos portugueses. Caso leve a seleção da casa ao título, Scolari sai cacifado para assumir outra de maior relevância.

Sintonia fina
O presidente da Federação Portuguesa, Gilberto Madaíl, disse que faltam "pequenos ajustamentos" para selar o acordo. Segundo ele, a diferença de propostas, único entrave que resta, diminuiu nos últimos dias. "Mas temos que diminuir mais um pouco."

Panela de pressão
É enorme a pressão de caciques palmeirenses aliados a Mustafá Contursi para que o cartola lute por virada de mesa.

A história se repete
Conselheiros ligados a Contursi dizem que a debandada pode ser grande após a "desfeita" do dirigente, que faltou à festa de lançamento de sua campanha. Um deles comparou o ato à frase do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que pediu que todo brasileiro se vestisse de verde-e-amarelo. O luto foi geral.

Tudo de novo
Américo Faria representou a CBF em reunião no COB sobre Atenas-04. Foi informado de que pode enfrentar outro "torneio-caramujo". O futebol será disputado em cinco sedes.

Gourmet
Maradona vai abrir uma rede de restaurantes com seu nome. Os dois primeiros serão em Buenos Aires e Nápoles.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

De Zezé Perrella, homem-forte do Cruzeiro, sobre o Atlético-MG, que usou um time misto na última rodada da primeira fase e perdeu para o Grêmio, eliminando a equipe que dirige:
- O castigo para o Atlético veio a cavalo. No cavalo de são Jorge, do Corinthians.

CONTRA-ATAQUE

Difícil de acreditar

Considerado por muitos o melhor lateral-direito em atividade no Brasil e um dos melhores do mundo na posição, o paraguaio Arce diz que, mesmo com o Palmeiras na segunda divisão no próximo ano, não terá problemas em continuar no clube até o final de 2003, quando termina o seu contrato.
Mas, após o rebaixamento da equipe, já começaram a surgir especulações sobre sua saída do Parque Antarctica.
Ontem, na reapresentação do time, Arce foi vítima de uma saraivada de perguntas sobre uma eventual transferência para o rival São Paulo.
A cada uma delas, lançava mão de um argumento racional para afirmar que vai mesmo seguir no Palmeiras. Calmo, respondia coisas como "tem uma cláusula no contrato que me impede de ir para outro clube brasileiro", ou "não pretendo romper meu contrato".
Até que um repórter disse:
- Mas comenta-se que você teria um aumento entre 200% e 300%.
O lateral não conteve a reação:
- Ai, caramba.


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