RÉGIS ANDAKU
COLUNISTA DA FOLHA

Circuito profissional encerrado, faltando só a Copa Davis, tenistas em férias ou já planejando a pré-temporada, dirigentes, empresas e patrocinadores fechando projetos para 2003.
A movimentação é discreta em novembro e segue em dezembro. É sempre assim. A pergunta é: 2003, de modo geral, será melhor ou pior para o tênis brasileiro? Impossível saber. Há decisões sendo tomadas e que levam a crer que nada vai mudar, mas há motivos para um certo otimismo.

A Confederação Brasileira de Tênis oficializa em 15 dias a criação de um circuito infanto-juvenil. Uma ótima notícia, já que os dois grandes circuitos para a garotada dependem, até hoje, da boa vontade dos patrocinadores, Banco do Brasil e Credicard.
No plano da CBT, serão oito torneios e um Masters, de abril a dezembro. Além dos Estados tradicionais, como São Paulo, Rio, Rio Grande do Sul, podem hospedar as etapas Sergipe, Pará, Mato Grosso, Espírito Santo, Paraíba, Amazonas e até mesmo Amapá.
Nas categorias 10 e 12 anos, os torneios serão no sistema round robin, em que os competidores são divididos em grupos de quatro tenistas, todos contra todos. Isso permite que os mais jovens disputem mais jogos durante a semana, habituando-se aos jogos de campeonato e, assim, ganhando mais experiência. Animador!

Por outro lado, a temporada 2003 ficará um pouco mais distante de quem gosta de acompanhar o circuito, seja ele infantil, juvenil, nacional ou profissional.
A ESPN Brasil não exibe mais o "Jornal do Tênis", boletim semanal que, além de pretender acompanhar os passos dos profissionais, abria um espaço saudável e importante para os juvenis. Morreu por falta de patrocínio.
Do outro lado, a Sportv não vai levar mais ao ar o elegante e gostoso "Bastidores do Tênis", que, feito com competência, dava uma idéia de como funciona o circuito. Com imagens exclusivas, reportagens de fôlego e um ritmo jovem, o "Bastidores" não teve seu contrato renovado. Lamentável!

Em São Paulo, um novo espaço será inaugurado amanhã. A Unisys Arena oferece dezenas de quadras. A pretensão: tornar-se uma referência em treinamento, abrigar torneios, Davis inclusive. Mas não só isso: pretende oferecer tênis aos garotos da vizinhança pobre, que jamais teriam oportunidade de conhecer e praticar o esporte do Guga. Louvável!

A WTA acaba de anunciar que o Torneio da Costa do Sauípe não consta de seu calendário 2003. Apesar de ser isolado, na Bahia, e para poucos e ricos, o torneio trazia nomes como Monica Seles, Jelena Dokic e dava uma oportunidade rara a nossas tenistas.
O motivo? Nada consta no comunicado da Associação das Mulheres Tenistas. Desanimador.

Para quem acha que precisa ir aos EUA internar-se em uma clínica para desenvolver seu jogo, o ex-tenista Adriano Ferreira abre seu Tennis Ranch, em São Paulo.
Inspirado nos modelos dos EUA, ajuda os que não têm condições de ir até Nick Bolletieri. Um exemplo!

Finalíssima
O Masters do Circuito Banco do Brasil rola desde ontem no Guarulhos Tênis Clube. Os 48 melhores do Circuito jogam até sábado pelo título nas categorias 12, 14 e 16 anos, masculino e feminino.

Campeões ao sol
Com Bjorn Borg, Andres Gomez, Andrei Chesnokov, Tim Wilkinson, Luiz Mattar e Jaime Oncins, começa hoje o Citibank & Credicard Champions, que reúne ex-tenistas no Club Med de Itaparica.

Votos na rede
O site Tenisbrasil (www.tenisbrasil.com.br) abriu a votação para a tradicional pesquisa que elege os melhores da temporada.
Pronta recuperação Carlos Alberto Kirmayr passou por cirurgia, em São Paulo, para colocação de três pontes de safena. Kirmayr se recupera bem.

E-mail reandaku@uol.com.br


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