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Limitação de jogadores é apenas física
DO ENVIADO A CAMPO GRANDE
O futebol de paralisados
cerebrais é similar ao dos
profissionais. A maioria
dos jogadores não tem limitação mental, só física.
Para participar de competições, os praticantes
são classificados de acordo
com o grau de comprometimento da força e da coordenação motora.
Os mais afetados geralmente atuam como goleiros. E por isso as traves são
muito menores que as de
um campo oficial.
"O que muda é que os
choques são muito mais
frequentes, porque alguns
têm dificuldade de parar
quando estão correndo",
diz o técnico José Renato
Ferreira. "E, por isso, as
quedas são muitas", diz.
Segundo a fisiatra Elizabete Saito Guiotoku, do
Hospital das Clínicas de
São Paulo, a paralisia cerebral é causada geralmente
por falta de oxigenação na
hora do parto ou logo após.
"Crianças prematuras
também podem sofrer de
paralisia, por falta de desenvolvimento dos pulmões", completa.
A paralisia cerebral pode comprometer todos os
movimentos do corpo.
Mas só pratica futebol
quem consegue andar e
correr sem ajuda.
Segundo o neurologista
Pedro Rippel, do Hospital
da Universidade Federal
do Mato Grosso do Sul, o
risco de ter um filho com
paralisia cerebral pode ser
detectado e reduzido com
exames pré-natal.
"A melhor maneira de
prevenir, ou reduzir as
chances, é fazendo o
acompanhamento de toda
a gravidez", explica.
De acordo com Rippel, o
hábito de fazer pré-natal é
recente em Campo Grande, o que ajuda a explicar a
grande quantidade de casos de paralisados cerebrais na cidade. "Até pouco tempo atrás, havia muitos partos domiciliares,
feitos em condições precárias, que geravam vários
casos de deficiência."
Para Elizabete, a prática
de esportes "além de melhorar reflexos e coordenação, ajuda na interação
com as pessoas e melhora
a autoestima."
(MF)
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