das agências internacionais

O ex-campeão mundial dos pesos-pesados Mike Tyson transformou a entrevista coletiva de promoção do seu combate com o pugilista inglês Julius Francis em um palanque para criticar o sistema judiciário dos EUA e
a lei britânica que impede ex-detentos de entrar na Inglaterra.
O lutador norte-americano enfrenta o campeão inglês e da Comunidade Britânica amanhã, em Manchester, na Inglaterra.
O combate, no entanto, passou a ser tratado como um assunto secundário na entrevista coletiva.
Ao ser questionado como uma pessoa que foi abusada sexualmente deveria agir, Tyson, 33, que cumpriu pena na prisão por estupro, respondeu que sua condenação, em 1992, ""foi um erro, pelo qual sofro agressões até hoje".
O boxeador aproveitou para criticar a lei britânica que impede a entrada no país de pessoas que tenham sido sentenciada à prisão por mais de 12 meses em qualquer lugar do mundo.
O pugilista desembarcou na Inglaterra no dia 16 passado, depois que o Ministro do Interior britânico, Jack Straw, concedeu uma permissão especial para que Tyson pudesse entrar no país.
""O governo britânico deve fazer algo a respeito dessa lei porque o fato de uma pessoa ter cometido um erro não significa que não possa ter se redimido."
Não satisfeito, Tyson, que tem cartel de 46 vitórias e 3 derrotas, acrescentou ainda que ""uma pessoa não pode ser tratada como um pedaço de lixo".
Sobre o combate contra Francis, que tem cartel de 21 vitórias e 7 derrotas, Tyson mostrou-se bastante confiante.
""Estou aqui para trabalhar. Estou pronto para brilhar e vou vencer. Estou em grande forma e pronto, vai ser uma guerra", previu o norte-americano.
Completa a programação promovida por Frank Warren a defesa de cinturão do invicto campeão dos supermédios pela OMB (Organização Mundial de Boxe), Joe Calzaghe, contra o desafiante David Starie.


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