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Clássico sem gols tem árbitro com atuação decisiva
Sálvio Spinola anula um gol e deixa de marcar pênalti para o São Paulo, que vê Corinthians ter mais chances de gol
São Paulo 0
Corinthians 0
Rubens Cavallari/Folha Imagem
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Mano Menezes, treinador do Corinthians, e o juiz Sálvio Spinola, contestado pelo São Paulo |
DA REPORTAGEM LOCAL
No primeiro embate interdivisões de São Paulo e Corinthians, o time do Parque São
Jorge mostrou aplicação tática
suficiente para controlar os favoritos do Morumbi e não perder -diga-se que o time de Mano Menezes poderia até ter
vencido ontem no Morumbi.
Mas o Corinthians entrou
determinado a não perder. O
treinador corintiano surpreendeu ao escalar Carlão como um
terceiro zagueiro. "A escalação
dele nos deu mais segurança
defensiva e proporcionou mais
liberade para o apoio dos alas."
A firmeza defensiva fez o Corinthians iniciar melhor a partida e criar chances mais claras.
Os são-paulinos reclamaram
de pênalti de Chicão em Dagoberto, aos 14min da etapa final.
O corintiano chutou o são-paulino na área. O árbitro Sálvio
Spinola, excessivamente verbal
e confuso, inverteu a falta.
E anulou, aos 40min, o gol de
Adriano, alegando carga sobre
William. O atacante diz que o
lance foi normal, e o zagueiro
afirma ter sofrido falta.
Os corintianos lamentaram o
jejum de Lulinha, que segue
sem gols como profissional,
após chutar por cima do gol,
desperdiçando rebote dado por
Rogério, em falha clamorosa.
O goleiro, aliás, viu sua meta
ser ameaçada no início da partida. Ele defendeu tentativa de
cabeça de Acosta e viu Finazzi
errar, livre, uma cabeçada.
No primeiro tempo, o São
Paulo só assustou Felipe em
bolas paradas. Na primeira, um
tiro de Souza foi defendido. Na
segunda, a bola alçada da direita são-paulina achou Adriano,
que cabeceou por cima.
O São Paulo ainda tem problemas para equacionar. O primeiro, dar padrão tático a seu
4-4-2: Joílson ficou perdido na
direita, e Richarlyson, um dos
melhores do Brasileiro-07, caiu
de produção na esquerda.
Jorge Wagner esteve sem ritmo e não pensou o jogo. Adriano e seu parceiro -ontem foi
Dagoberto, mas já foram Borges e Aloísio- ficaram isolados.
O passe, principal virtude são-paulina no Paulista, gerou críticas de Muricy no intervalo.
O Corinthians se apresentou
bem. Perdigão fez ótima partida, combatendo e dando ritmo
ao meio-campo. A defesa se
mostrou sólida, mesmo com
William obrigado a cobrir um
Alessandro que insistia em cair
pelo meio. Finazzi e Acosta
buscaram um ao outro, mas
ainda faltou para se acharem. E
Dentinho deu trabalho.
No segundo tempo, o São
Paulo não voltou muito diferente. Na verdade, apenas passou a intensificar a busca por
Adriano na área, em bolas alçadas de qualquer lugar.
Mano foi o primeiro a mexer,
pondo Lulinha no lugar de
Acosta. Assim que entrou, o reserva perdeu o gol supracitado.
Após uma parada para reidratação, com direito a orientações dos técnicos por três minutos, o São Paulo voltou mais
agudo e equilibrou o jogo.
A partir dos 25min, o jogo ficou ofensivo. Satisfeito com o
empate, Mano tirou Perdigão e
Dentinho e pôs Coelho e Bóvio.
Muricy promoveu a estréia
do meia Carlos Alberto, no lugar de Joílson; Souza foi para a
ala. Sem efeito, assim como a
falta cobrada por Rogério para
fora no último minuto.
(EDUARDO ARRUDA E MÁRVIO DOS ANJOS)
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