São Paulo, segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

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Clássico sem gols tem árbitro com atuação decisiva

Sálvio Spinola anula um gol e deixa de marcar pênalti para o São Paulo, que vê Corinthians ter mais chances de gol

São Paulo 0
Corinthians 0

Rubens Cavallari/Folha Imagem
Mano Menezes, treinador do Corinthians, e o juiz Sálvio Spinola, contestado pelo São Paulo


DA REPORTAGEM LOCAL

No primeiro embate interdivisões de São Paulo e Corinthians, o time do Parque São Jorge mostrou aplicação tática suficiente para controlar os favoritos do Morumbi e não perder -diga-se que o time de Mano Menezes poderia até ter vencido ontem no Morumbi.
Mas o Corinthians entrou determinado a não perder. O treinador corintiano surpreendeu ao escalar Carlão como um terceiro zagueiro. "A escalação dele nos deu mais segurança defensiva e proporcionou mais liberade para o apoio dos alas."
A firmeza defensiva fez o Corinthians iniciar melhor a partida e criar chances mais claras.
Os são-paulinos reclamaram de pênalti de Chicão em Dagoberto, aos 14min da etapa final. O corintiano chutou o são-paulino na área. O árbitro Sálvio Spinola, excessivamente verbal e confuso, inverteu a falta.
E anulou, aos 40min, o gol de Adriano, alegando carga sobre William. O atacante diz que o lance foi normal, e o zagueiro afirma ter sofrido falta.
Os corintianos lamentaram o jejum de Lulinha, que segue sem gols como profissional, após chutar por cima do gol, desperdiçando rebote dado por Rogério, em falha clamorosa.
O goleiro, aliás, viu sua meta ser ameaçada no início da partida. Ele defendeu tentativa de cabeça de Acosta e viu Finazzi errar, livre, uma cabeçada.
No primeiro tempo, o São Paulo só assustou Felipe em bolas paradas. Na primeira, um tiro de Souza foi defendido. Na segunda, a bola alçada da direita são-paulina achou Adriano, que cabeceou por cima.
O São Paulo ainda tem problemas para equacionar. O primeiro, dar padrão tático a seu 4-4-2: Joílson ficou perdido na direita, e Richarlyson, um dos melhores do Brasileiro-07, caiu de produção na esquerda.
Jorge Wagner esteve sem ritmo e não pensou o jogo. Adriano e seu parceiro -ontem foi Dagoberto, mas já foram Borges e Aloísio- ficaram isolados. O passe, principal virtude são-paulina no Paulista, gerou críticas de Muricy no intervalo.
O Corinthians se apresentou bem. Perdigão fez ótima partida, combatendo e dando ritmo ao meio-campo. A defesa se mostrou sólida, mesmo com William obrigado a cobrir um Alessandro que insistia em cair pelo meio. Finazzi e Acosta buscaram um ao outro, mas ainda faltou para se acharem. E Dentinho deu trabalho.
No segundo tempo, o São Paulo não voltou muito diferente. Na verdade, apenas passou a intensificar a busca por Adriano na área, em bolas alçadas de qualquer lugar.
Mano foi o primeiro a mexer, pondo Lulinha no lugar de Acosta. Assim que entrou, o reserva perdeu o gol supracitado. Após uma parada para reidratação, com direito a orientações dos técnicos por três minutos, o São Paulo voltou mais agudo e equilibrou o jogo.
A partir dos 25min, o jogo ficou ofensivo. Satisfeito com o empate, Mano tirou Perdigão e Dentinho e pôs Coelho e Bóvio.
Muricy promoveu a estréia do meia Carlos Alberto, no lugar de Joílson; Souza foi para a ala. Sem efeito, assim como a falta cobrada por Rogério para fora no último minuto. (EDUARDO ARRUDA E MÁRVIO DOS ANJOS)


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