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Empresário não sabe quantos clientes tem
DA REPORTAGEM LOCAL
Agente do atacante Robinho,
o empresário Wagner Ribeiro,
um dos mais prósperos do país,
não sabe ao certo quantos
clientes tem atualmente.
"Hoje, são inúmeros jogadores, mas o número exato eu não
sei. Eu cuido da elite, e meu primo é o encarregado dos mais
jovens", conta o empresário,
que já trabalhou também com o
melhor do mundo do ano passado, Kaká -mais especificamente, em sua transferência do
São Paulo para o Milan.
Atualmente, Ribeiro conta
com uma equipe para gerenciar
as carreiras dos jogadores e critica os empresários que, sem
estrutura, acumulam muitos
atletas. "O mercado tem muita
informalidade. E tem muita
gente que trabalha como agente entre aspas, mas que, na verdade, são intermediários e não
verdadeiros empresários."
Segundo sua estimativa, o
número máximo de atletas de
elite que um agente consegue
atender adequadamente é 20.
"Com mais, começa a cair a
qualidade no atendimento."
Segundo sua avaliação, um
serviço de qualidade deve se escorar no tripé formado por assessorias jurídica, de marketing e de imprensa.
"É preciso acompanhar a elaboração dos contratos na transferência dos jogadores e nas renovações. Na parte de marketing, a atuação é na contratação
de um fornecedor de chuteiras,
acompanhamento em campanhas publicitárias, comerciais
etc. E a assessoria de imprensa
é um trabalho mais promocional, para colocar o jogador em
evidência na mídia por suas
qualidades esportivas. E tentar
que não seja dado destaque
quando o atleta comete algum
equívoco", diz Ribeiro.
Contudo, nem mesmo um
empresário "de elite" consegue
evitar tomar parte na vida privada dos clientes, o que costuma acontecer mais com os que
atuam na informalidade.
Ribeiro tem boas e más lembranças desse tipo de convívio.
"Quando estava no Brasil, Kaká
e sua família passaram festas de
Ano Novo na minha casa. Era o
reflexo de um lado afetivo que
fomos desenvolvendo ao longo
da relação", relembra.
A pior memória, avalia ele,
foi do período de 41 dias que a
mãe de Robinho passou no cativeiro. "Participei até da solução do seqüestro dela. Não era
meu papel como agente, mas
não tive como não participar.
Cheguei até a falar com os criminosos por telefone."
(LF E RM)
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