São Paulo, sexta-feira, 28 de março de 2008

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Empresário não sabe quantos clientes tem

DA REPORTAGEM LOCAL

Agente do atacante Robinho, o empresário Wagner Ribeiro, um dos mais prósperos do país, não sabe ao certo quantos clientes tem atualmente.
"Hoje, são inúmeros jogadores, mas o número exato eu não sei. Eu cuido da elite, e meu primo é o encarregado dos mais jovens", conta o empresário, que já trabalhou também com o melhor do mundo do ano passado, Kaká -mais especificamente, em sua transferência do São Paulo para o Milan.
Atualmente, Ribeiro conta com uma equipe para gerenciar as carreiras dos jogadores e critica os empresários que, sem estrutura, acumulam muitos atletas. "O mercado tem muita informalidade. E tem muita gente que trabalha como agente entre aspas, mas que, na verdade, são intermediários e não verdadeiros empresários."
Segundo sua estimativa, o número máximo de atletas de elite que um agente consegue atender adequadamente é 20. "Com mais, começa a cair a qualidade no atendimento."
Segundo sua avaliação, um serviço de qualidade deve se escorar no tripé formado por assessorias jurídica, de marketing e de imprensa.
"É preciso acompanhar a elaboração dos contratos na transferência dos jogadores e nas renovações. Na parte de marketing, a atuação é na contratação de um fornecedor de chuteiras, acompanhamento em campanhas publicitárias, comerciais etc. E a assessoria de imprensa é um trabalho mais promocional, para colocar o jogador em evidência na mídia por suas qualidades esportivas. E tentar que não seja dado destaque quando o atleta comete algum equívoco", diz Ribeiro.
Contudo, nem mesmo um empresário "de elite" consegue evitar tomar parte na vida privada dos clientes, o que costuma acontecer mais com os que atuam na informalidade.
Ribeiro tem boas e más lembranças desse tipo de convívio. "Quando estava no Brasil, Kaká e sua família passaram festas de Ano Novo na minha casa. Era o reflexo de um lado afetivo que fomos desenvolvendo ao longo da relação", relembra.
A pior memória, avalia ele, foi do período de 41 dias que a mãe de Robinho passou no cativeiro. "Participei até da solução do seqüestro dela. Não era meu papel como agente, mas não tive como não participar. Cheguei até a falar com os criminosos por telefone." (LF E RM)


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