São Paulo, segunda-feira, 28 de março de 2011

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JUCA KFOURI

Rogério, 102 gols!


O goleiro--artilheiro do São Paulo é muito mais que um goleador impecável

ROGÉRIO CENI fez seu centésimo gol ainda no primeiro tempo do Majestoso em Barueri, um clássico que entra na história do embate.
Fez ao roubar de Liedson o que seria o primeiro gol do jogo.
E fez o 101º ao cometer um milagre na surpreendente letra de Jorge Henrique, no começo do segundo tempo.
O gol de número de 103 ele marcou em mais uma cobrança perfeita de falta, que Júlio César, num esforço supremo, tocou com as pontas dos dedos.
De fato, reduzir Rogério Ceni apenas aos gols que marcou em sua brilhante carreira é uma injustiça que até quem não gosta dele pelo que significa como maior ídolo da história são-paulina não pode cometer.
Em nome do respeito ao futebol.
O jogo era muito mais uma guerra do que só um clássico repleto de rivalidade, seja no velho e bom Campeonato Paulista, no atual Paulistinha, no Rio--São Paulo, no Brasileirão ou na bolinha de gude.
E, se houve momentos de pura arte na batalha de Barueri, eles se deveram às intervenções do goleiro-goleiro, além do goleiro- -artilheiro, nem sei se cabem os hífens na burra reforma ortográfica a que estamos submetidos. Certamente não importa.
Nas pretendidas, pela oposição tricolor, Diretas Já, Já!, alusão ao JJ de Juvenal Juvêncio, ficaria muito bem se Rogério Ceni fosse o candidato eleito.
Porque, assim, além de goleiro-goleiro e goleiro- -artilheiro ele seria, também, goleiro-presidente!
Ninguém merece tanto.

NEYMAR & LUCAS
Contra uma equipe tosca, capaz de momentos que não honram a Grã-Bretanha como berço do futebol moderno, a seleção brasileira cumpriu com sua obrigação e ganhou da Escócia por parcos 2 a 0, quando poderia ter vencido por pelo menos 5 a 0, tivesse a arbitragem marcado um pênalti claro de mão na bola e Leandro Damião e Jonas não se afobassem em dois lances claros de gol.
O jogo foi tão bizarro que o time brasileiro poderia perfeitamente ter aberto mão de escalar alguém para jogar com as mãos, porque a única defesa de Júlio César ele poderia ter feito com o peito e sair jogando com os pés.
Valeu mesmo pela madura atuação de Neymar, com dois gols, e pelo que, em pouco tempo, o menino Lucas, com duas arrancadas, ensaiou poder mostrar mais tarde.

blogdojuca@uol.com.br


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