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Iugoslavos testam boicote de protesto contra bombardeio
das agências internacionais
Liderados por Pedrag Mijatovic,
atacante do Real Madrid (Espanha), os futebolistas iugoslavos pelo mundo fazem um boicote a partir deste fim-de-semana, protestando contra o bombardeio da
Otan sobre seu país.
Desde quinta-feira, Mijatovic,
apoiado por seus compatriotas
Dragan Stojkovic (Grampus, do
Japão) e Dejan Savicevic (Estrela
Vermelha, da Iugoslávia) lançaram a iniciativa, apoiada pela federação nacional da modalidade.
"Não podemos nos concentrar
sabendo que nossas famílias correm perigo. Não é um protesto político. Fazemos o que nosso coração nos pede", afirmou Mijatovic.
A Iugoslávia está sendo atacada
pela Otan (aliança militar dos EUA
e países europeus) por não aceitar
um acordo de paz com os separatistas da região do Kosovo, com
uma população de maioria albanesa que quer autonomia.
A Espanha, onde jogam dez astros iugoslavos, deve ser o lugar
com maior adesão ao boicote.
"Se a Otan quer defender separatistas, devia bombardear também
a Espanha, que não deixa os bascos
formarem um país", disse Veljko
Paunovic, do Mallorca.
Já o técnico Radomir Antic, que
assumiu o Atlético de Madrid nesta semana, é contra o boicote. "O
melhor é jogar para mostrar nosso
orgulho de jogar para o mundo."
Na Inglaterra, Sasa Curcic, do
Crystal Palace, participou de protesto na frente da casa do primeiro-ministro inglês, Tony Blair,
mas deve defender seu time hoje.
Já os dois iugoslavos da Lazio
(Itália), Sinisa Mihajlovic e Dajan
Stankovic, ainda não se decidiram.
Outro efeito do ataque foi a adiamento de vários jogos, entre eles
Iugoslávia x Croácia, pela fase classificatória da Eurocopa-2000.
Por seu lado, os basquetebolistas
iugoslavos que jogam na Itália, Espanha, Grécia e EUA decidiram jogar com tarjas pretas na camiseta.
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