São Paulo, sexta-feira, 28 de abril de 2000


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PAINEL FC

Foi "pouco"..
Wanderley Luxemburgo devia estar prevendo que a torcida paulista fosse às vias de fato contra a seleção. Após jogar sob vaias, pedidos por Romário e até uma chuva de bandeiras brasileiras, o técnico brasileiro disse que ""estava esperando uma reação pior".

Um "nadinha"...
Luxemburgo minimizou a atitude da torcida de atirar ao campo suas bandeiras, em protesto contra a atuação da seleção. Disse que não sentiu nada ao ver a cena e que os torcedores fizeram aquilo ""talvez por estarem cansados de segurar as bandeiras".


Vizinho
Luxemburgo deveria agradecer aos céus por dirigir a seleção do Brasil e não a da Argentina. Apesar da goleada de 4 a 0 sobre a Venezuela, fora de casa, o técnico Marcelo Bielsa foi alvo de críticas da imprensa, que creditou a vitória apenas à qualidade dos jogadores.

Crise à vista
Os clubes brasileiros já se articulam contra a próxima convocação da seleção. A agenda prevê jogos em 23 (País de Gales) e 27 de maio (Inglaterra) e 4 de junho (Peru). No espaço de duas semanas, os clubes terão apenas três dias com suas estrelas, na reta final dos Estaduais.

Aquisição
A São Paulo Alpargatas acertou a compra da Drible. Marca tradicional, a Drible está praticamente fora do mercado do futebol profissional desde que empresas como Penalty e Nike passaram a fornecer bolas aos principais campeonatos do país e da América do Sul.

Até o fim
Alguns conselheiros do Inter-RS querem entrar na Justiça contra o ex-presidente Paulo Rogério Amoretty, por suposta lesão aos cofres do clube. Mas, no Inter, Amoretty deve ser ""absolvido". Alegando que não quer ""escândalo", a diretoria deve pressionar pela aprovação das contas pelo Conselho.


Justiça
O STJ manteve decisão da Justiça de SP de recusar denúncia do Ministério Público no caso da "fita do suborno", em que o Botafogo-SP era acusado de manipular arbitragens para subir à Série A-1 em 1995. O pivô do caso era o ex- árbitro Wilson Roberto Cattani.

Sem crime
A Justiça nem julgou o mérito da ação porque, segundo ela, não foi tipificado crime no episódio, até hoje pouco esclarecido. Dos réus apontados pela ação, Laerte Alves (Botafogo) e Marcos Spironelli (árbitro) já deixaram o futebol. Cattani morreu em 1997.

Autoritarismo
A decisão da FPF de multar o técnico Oswaldo de Oliveira em R$ 150 mil por ter dito que iria usar reservas contra Ponte Preta e Matonense não surpreende quem conhece Eduardo José Farah. No regulamento do Paulista, ele se outorga o poder até de barrar pessoas no estádio.

Centralizador
Na FPF, Farah decide até o tamanho do aparelho de TV que será sorteada em cada festa feita pela entidade para atrair públicos aos estádios. No início deste ano, o dirigente afirmou que o recém-criado comitê executivo é que teria o poder na FPF. Ninguém acreditou, é claro.

Vôlei 1
O gerente de marketing esportivo do Banco do Brasil, Paulo de Tarso Veres, negou que a instituição vá bancar os salários de Tande e Giovane na seleção brasileiro. Na praia, a dupla recebia R$ 50 mil. Oficialmente, a ajuda da CBV só chega a R$ 5 mil por cabeça.

Vôlei 2
Veras disse que não aceita pagar nada além do que está no contrato (R$ 8 milhões/ano por quatro anos), que acaba em 31 de dezembro. A renegociação começou neste mês. A aprovação depende da Secretaria de Comunicação do Planalto.

DIVIDIDA

Do superintendente do Flamengo, Renê Simões, sobre os diretores amadores, que querem derrubá-lo, a exemplo do que fizeram com seu antecessor, Gilmar Rinaldi: - Não existe diretor de futebol no Flamengo. Minha tesoura para podar egos já está cega.

CONTRA-ATAQUE

Afagos e tapas
O atacante Amoroso foi um dos jogadores mais vaiados no jogo da seleção brasileira, anteontem à noite, contra o Equador, em São Paulo.
Após a magra vitória por 3 a 2 sobre a Equador, a seleção e o técnico Wanderley Luxemburgo deixaram o estádio sob vaias.
Na Itália desde 96, Amoroso decidiu aproveitar a vinda ao Brasil para rever amigos. Em vez de sair do estádio no ônibus da seleção, optou por ir com um amigo para Campinas (SP).
Ao sair do Morumbi, ficou alguns minutos parado, esperando a carona.
Como não é comum um jogador de seleção ficar naquela situação, ele logo atraiu torcedores, que começaram a pedir-lhe autógrafos e dar tapinhas em suas costas -como normalmente acontece com um astro .
Mas o aumento da aglomeração assustou Amoroso, que passou a se esquivar do grupo. Nesse instante, o amigo esperado lhe acenou de um automóvel.
Amoroso deixou os torcedores falando sozinhos, que logo mudaram de tom:
- Vai embora, seu perna-de-pau. Você não jogou nada!
Outro, mas afiado, ironizou:
- É tão bom que esqueceram dele.

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