São Paulo, sexta-feira, 28 de abril de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

BASQUETE
Diretor do sindicato dos jogadores da liga negocia realização de amistosos beneficentes no país
Brasil pode receber partidas da NBA

da Reportagem Local

Pela primeira vez, o fã brasileiro de basquete poderá ter a oportunidade de assistir a partidas com estrelas da NBA no país.
Billy Hunter, diretor executivo do sindicato dos atletas da liga norte-americana profissional de basquete, está em entendimentos para a realização de uma série de jogos beneficentes no Brasil.
"Já conversei com vários jogadores. Nesse grupo estão superestrelas como Tim Hardaway (do Miami Heat), Latrell Sprewell (do New York Knicks), Mitch Richmond (do Washington Wizards)", enumerou Hunter, em entrevista por telefone à Folha.
Segundo Jean Marc Schiffler, diretor da SP&PP, empresa que representa a NBPA (associação dos atletas da liga norte-americana), outros atletas de renome poderiam vir ao Brasil, como Scottie Pippen (Portland) e Jerry Stackhouse (Detroit) e até Charles Barkley e Clyde Drexler (que encerraram a carreira no Houston).
A renda das partidas seria revertida para a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).
Os atletas ficariam cerca de quinze dias no país, onde fariam amistosos em três cidades (Rio e São Paulo são as mais cotadas).
A negociação desses amistosos já é antiga. Em 98, a NBPA acertou parceria com a SP&PP e, desde então, tenta viabilizar os jogos.
Para este ano, Hunter acredita que a idéia possa sair do papel.
"Estamos em entendimentos, juntamente com Jean Marc, para a promoção desses jogos. Seria uma excelente oportunidade de promover o basquete ao redor do mundo", declarou ele, lembrando que essa equipe já fez jogos na Europa e no Japão.
Billy Hunter esteve por dez dias no Brasil, onde observou a estrutura dos ginásios do país.
O dirigente já conversou com Tony Chakmati, presidente da FPB (Federação Paulista de Basquete) e vice-presidente da CBB (Confederação Brasileira de Basquete) para relações externas.
"Adoraria trazer um time para jogar no Brasil. O país é muito bonito e as pessoas são extremamente simpáticas", completou.
Os jogos no país seriam disputados entre atletas da NBA e um combinado local, não necessariamente a seleção brasileira.
Os amistosos que o dirigente do sindicato dos atletas quer trazer ao Brasil não têm caráter oficial.
"Isso é com o comissário da liga (David Stern). Ele é quem pode marcar um jogo oficial da NBA no Brasil. Por exemplo, este ano ele marcou jogos oficiais no México e no Japão", afirmou.
De fato, David Duckenfield, relações-públicas da NBA para a América Latina, desconhecia a vinda de Hunter ao país.
"Não estou sabendo de nada", afirmou David.
Mesmo assim, a promoção das partidas beneficentes poderia funcionar -caso tudo dê certo- como um primeiro passo para o Brasil trazer uma partida da pré-temporada da NBA, um velho sonho da CBB.
A liga norte-americana costuma realizar jogos em várias partes do mundo, como forma de promoção, mas nunca se chegou a falar seriamente sobre a organização de alguma partida no Brasil.


Texto Anterior: Futebol: Palmeiras festeja sua "ultima folga"
Próximo Texto: Sob risco, Barueri pega matriz hoje
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.