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BASQUETE
Diretor do sindicato dos jogadores da liga negocia realização de amistosos beneficentes no país
Brasil pode receber partidas da NBA
da Reportagem Local
Pela primeira vez, o fã brasileiro
de basquete poderá ter a oportunidade de assistir a partidas com
estrelas da NBA no país.
Billy Hunter, diretor executivo
do sindicato dos atletas da liga
norte-americana profissional de
basquete, está em entendimentos
para a realização de uma série de
jogos beneficentes no Brasil.
"Já conversei com vários jogadores. Nesse grupo estão superestrelas como Tim Hardaway (do
Miami Heat), Latrell Sprewell (do
New York Knicks), Mitch Richmond (do Washington Wizards)", enumerou Hunter, em
entrevista por telefone à Folha.
Segundo Jean Marc Schiffler, diretor da SP&PP, empresa que representa a NBPA (associação dos
atletas da liga norte-americana),
outros atletas de renome poderiam vir ao Brasil, como Scottie
Pippen (Portland) e Jerry Stackhouse (Detroit) e até Charles
Barkley e Clyde Drexler (que encerraram a carreira no Houston).
A renda das partidas seria revertida para a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).
Os atletas ficariam cerca de
quinze dias no país, onde fariam
amistosos em três cidades (Rio e
São Paulo são as mais cotadas).
A negociação desses amistosos
já é antiga. Em 98, a NBPA acertou parceria com a SP&PP e, desde então, tenta viabilizar os jogos.
Para este ano, Hunter acredita
que a idéia possa sair do papel.
"Estamos em entendimentos,
juntamente com Jean Marc, para
a promoção desses jogos. Seria
uma excelente oportunidade de
promover o basquete ao redor do
mundo", declarou ele, lembrando
que essa equipe já fez jogos na Europa e no Japão.
Billy Hunter esteve por dez dias
no Brasil, onde observou a estrutura dos ginásios do país.
O dirigente já conversou com
Tony Chakmati, presidente da
FPB (Federação Paulista de Basquete) e vice-presidente da CBB
(Confederação Brasileira de Basquete) para relações externas.
"Adoraria trazer um time para
jogar no Brasil. O país é muito bonito e as pessoas são extremamente simpáticas", completou.
Os jogos no país seriam disputados entre atletas da NBA e um
combinado local, não necessariamente a seleção brasileira.
Os amistosos que o dirigente do
sindicato dos atletas quer trazer
ao Brasil não têm caráter oficial.
"Isso é com o comissário da liga
(David Stern). Ele é quem pode
marcar um jogo oficial da NBA no
Brasil. Por exemplo, este ano ele
marcou jogos oficiais no México e
no Japão", afirmou.
De fato, David Duckenfield, relações-públicas da NBA para a
América Latina, desconhecia a
vinda de Hunter ao país.
"Não estou sabendo de nada",
afirmou David.
Mesmo assim, a promoção das
partidas beneficentes poderia
funcionar -caso tudo dê certo-
como um primeiro passo para o
Brasil trazer uma partida da pré-temporada da NBA, um velho sonho da CBB.
A liga norte-americana costuma realizar jogos em várias partes
do mundo, como forma de promoção, mas nunca se chegou a falar seriamente sobre a organização de alguma partida no Brasil.
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