São Paulo, sexta-feira, 28 de abril de 2000


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INDY
Marca virou obsessão para dirigente da mais tradicional equipe da categoria
No Rio, Penske busca 100ª vitória

ADALBERTO LEISTER FILHO
enviado especial ao Rio

A Penske, equipe mais tradicional da Indy, tenta chegar, na Rio-200, no domingo, à marca histórica de cem vitórias na categoria.
O problema é que esse número virou uma obsessão: há três anos e 53 GPs o time de Roger Penske não vence. A última vitória da equipe foi em 1997, em Saint Louis, com Paul Tracy.
Desde sua primeira vitória na categoria, em 1971, com Mark Donohue, a Penske não ficava tanto tempo sem vencer nada. Nessa prova, ainda nem existia a Cart, entidade que organiza a categoria, que só surgiu em 1979.
Para esta temporada, a Penske aposta na dupla Gil de Ferran e Hélio de Castro Neves para quebrar o incômodo tabu da equipe justamente na etapa brasileira.
"Esse problema (não vencer há tanto tempo) incomoda muito mais o Roger Penske do que os pilotos. Mas uma vitória seria um fator psicológico importante para a equipe", diz Gil de Ferran.
Os pilotos já conseguiram bons resultados este ano. A vitória, porém, ainda não veio.
Ferran foi pole nas duas etapas disputadas: os GPs de Homestead e de Long Beach. Mas acabou no bloco intermediário.
"A Indy tem muito disso. Mas continuo trabalhando para conseguir os meus bons resultados, que ainda foram poucos", diz.
Já Castro Neves conseguiu um bom segundo lugar em Long Beach, o que credencia a Penske nesta temporada -o melhor resultado do time no ano passado foi uma quinta colocação.
"Isso não aumenta a pressão para mim", diz Neves, quando questionado sobre a ausência de vitórias da equipe. "Os caras já ganharam 99 corridas da Indy. Eu ainda estou tentando conseguir a minha primeira", brinca o piloto.
Os 34 pontos feitos por Ferran e Castro Neves já são melhores que a temporada da Penske em 1999, quando o time somou 30 pontos.
Roger Penkse quer esquecer o ano passado, quando a equipe esteve envolvida, pelo menos indiretamente, em duas tragédias.
O uruguaio Gonzalo Rodriguez morreu durante um treino livre para o GP de Laguna Seca, guiando um Penske. Ele bateu no muro de proteção e quebrou o pescoço.
Disposta a voltar a vencer, a equipe assinou contrato com Greg Moore para 2000. O piloto vinha fazendo uma boa temporada e contabilizava 97 pontos.
Mas, no GP de Fontana, o carro do canadense sofreu várias capotagens, no segundo acidente fatal da temporada. Hélio Castro Neves acabou "herdando" a vaga.
Os treinos para a Rio-200 começam hoje, em Jacarepaguá.


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