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frio na barriga
Mais eficiente, Santos-07 vive dias mais ansiosos
Melhor do que em 2006, equipe enfrenta agora nervosismo por jogar mata-mata
Para atletas, há mais emoção
da torcida e do elenco em
jogos decisivos; Luxemburgo
vê maior risco neles e diz que
time ainda não ganhou nada
JULYANA TRAVAGLIA
LUÍS FERRARI
ENVIADOS ESPECIAIS A SANTOS
O Santos deste ano é melhor
do que o que foi campeão paulista no ano passado. Mesmo
assim, a ansiedade gerada pela
perspectiva do bicampeonato
está maior do que a da conquista de 2006, que encerrou 21
anos de jejum no Estadual.
Neste Paulista, o time tem
média de gols feitos superior à
de 2006 (2,14 contra 1,73) e sofreu os mesmos 19 gols, apesar
de ter jogado duas vezes a mais
(levou em média 0,9 gol agora,
contra 1 do ano passado, quando a equipe atuou quase sempre com três zagueiros).
Isso se refletiu na tabela. Em
2007, no término da fase inicial, o Santos abriu seis pontos
de vantagem sobre o São Paulo.
No ano passado, acabou o turno
único somente um ponto à
frente do segundo colocado.
Em 2006, o adversário pelo
título na reta final era o time do
Morumbi, que acabara de ganhar seu terceiro Mundial.
Agora, é o São Caetano, clube
da segunda divisão do Brasileiro, que nunca viu um representante bater uma equipe da elite
nacional em decisões paulistas.
Se tudo conspira a favor, por
que o frio na barriga antes está
mais intenso neste ano?
A principal razão apontada
pelos santistas é o regulamento, que ressuscitou os mata-matas após duas temporadas.
"Neste ano, a ansiedade está
maior. São dois jogos decisivos", compara Rodrigo Tabata
em relação ao ano passado.
"Em 2006, foi mais tranqüilo
porque era ponto corrido e o time vinha muito bem na reta final", avalia o atleta, que vê o
elenco de hoje mais maduro e
respeitado pelos adversários do
que o time campeão há um ano.
"Aquele grupo foi se conhecendo durante o ano. Hoje todos já se conhecem melhor."
Experiente em ganhar títulos
em pontos corridos -como os
três Campeonatos Alemães que
tem no currículo- e em finais
-como as duas Copas América
e as duas Copas das Confederações-, o meia Zé Roberto
aponta as diferenças.
"Mata-mata envolve mais a
torcida. É bem mais emocionante que o ponto corrido",
opina, destacando que também
há um risco maior envolvido.
Vanderlei Luxemburgo concorda. "A possibilidade de mais
jogos não existe após os dois
próximos. Isso muda o emocional da partida", conta o técnico,
que fez questão de lembrar: "O
grupo deste ano ainda não conquistou nada".
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