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Após voar e ferir 7, piloto completa prova a pé
France Presse
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O carro de Ewards decola e pega fogo em Talladega, e piloto cruza a linha de chegada correndo
DA REPORTAGEM LOCAL
Vice-campeão da Nascar na
última temporada, Carl Edwards, 29, viu sua fama extrapolar os limites dos EUA, ontem. Não por uma vitória ou
um feito extraordinário ao volante, mas pelo que fez fora do
carro, após um forte acidente.
A principal divisão da stock
car americana correu a nona
etapa do ano no circuito oval de
Talladega, no Alabama, o maior
e mais rápido da categoria -velocidade média de 315 km/h.
O piloto abriu a última volta
na liderança, com Brad Keselowski no seu encalço. Na reta
final, eles se tocaram. Edwards
rodou, foi atingido por Ryan
Newman, que vinha na terceiro
colocação, e então decolou.
O carro atingiu o alambrado,
que o devolveu à pista. No impacto, sete torcedores que estavam próximos à tela se feriram.
O caso mais grave, uma mulher
com fraturas na mandíbula.
A aterrissagem não foi menos dramática. Em meio a ferragens retorcidas e a um princípio de incêndio, Edwards demorou alguns segundos para se
mexer e escapar pela janela.
Foi quando, novamente, surpreendeu o público que lotava
as arquibancadas: a pé, ainda de
capacete e acenando para os
torcedores, correu 90 metros e
cruzou a linha de chegada.
"É como uma maratonista
que faz questão de terminar
uma prova", disse o locutor do
Sky Sports 2, uma dos canais
que transmitiram a etapa.
"Eu precisava chegar ao fim
da corrida", afirmou Edwards.
Questão de honra, demonstração de espírito esportivo, o
esforço não valeu para efeito de
classificação: Edwards terminou em 24º lugar, com uma volta a menos que os líderes.
Foi o terceiro grande acidente do dia, o que reacendeu a polêmica sobre o uso de placas
restritoras nos motores para
diminuir a potência em Talladega e Daytona. Para os críticos, o dispositivo deixa os carros muito próximos, tornando
as provas mais perigosas.
"Um dia isso vai matar alguém", declarou Edwards.
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