São Paulo, quinta-feira, 28 de abril de 2011

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JUCA KFOURI

Se manda, Santos!


O Santos não tem nada que escalar seus titulares neste sábado. Deveria ir para o México na sexta


O SANTOS não correu riscos, mas ganhou só de 1 a 0 do América, na Vila Belmiro com apenas 11 mil torcedores, contra 37 mil no Pacaembu quando o rival foi o Deportivo Táchira.
Significa dizer que a vantagem não é tão confortável que permita tratar o jogo da próxima terça-feira, em Querétaro, no México, como favas contadas.
Por mais que não tenha altitude que preocupe (cerca de 1.800 m) e que o tradicional clube asteca não esteja passando por bom momento.
Fato é que o Santos não deveria dar a menor bola à decisão do Paulistinha e, em vez de jogar com força máxima contra o São Paulo, no sábado, no Morumbi, tinha mais é que pegar um avião na sexta- -feira e se mandar para o México, onde voltará a enfrentar o América, repita-se, na terça-feira.
Nos últimos cinco anos, o Santos foi três vezes campeão paulista e nada acrescentará à sua história o 19º título estadual.
Rigorosamente nada.
Muito diferente da terceira estrela na camisa referente ao tricampeonato da Libertadores, coisa que só o seu adversário tricolor deste sábado se orgulha no país.
Ora, definir prioridades é exercício básico de planejamento, e por mais que ganhar seja sempre bom, e acumular taças mais ainda, não correr riscos desnecessários e evitar desgastes excessivos é obrigação dos que comandam e, de fato, lideram uma equipe.
Que o Santos deixe, aberta e declaradamente, o Paulistinha para quem não tem maiores pretensões e trate de pensar apenas no que importa, porque o tempo de ganhar todas as taças já passou e, como diz o sábio, quem tudo quer nada tem.
Mas não é essa a posição do presidente santista, que, como Neymar, diz que quer ganhar até par ou ímpar. Assim como confia no elenco, "com dois jogadores para cada posição hoje em dia, situação que mudará no meio do ano, embora já estejamos pensando em como cobrir a ausência dos que sairão", diz Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro.
Ele garante: "O Muricy ganha o suficiente para decidir quem escalar. Eu, é cláusula pétrea, não me meto".
E que o Santos tome cuidado, também, com a água de Querétaro, para onde irá só no sábado à noite. Um refrigerante com gelo no estádio local, na Copa de 1986, fez deste pobre escriba mais uma vítima da famosa "Vingança de Montezuma".
Algo que não desejo nem para os piores inimigos. Até porque esvaziaria o cérebro deles...

blogdojuca@uol.com.br


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