São Paulo, sexta, 28 de maio de 1999

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Paulistas se dizem injustiçados pela CBF

da Reportagem Local

Os palmeirenses se mostraram revoltados com a posição da CBF de manter a primeira semifinal da Copa do Brasil para hoje à noite. Jogadores e técnico pediram o adiamento da partida, alegando que não suportariam o acúmulo de jogos decisivos.
"Quando é para ferrar o Palmeiras, todo mundo se une. Todos desejam prejudicar a gente. A CBF deveria ter o mínimo de bom senso e transferir a partida", afirmou Luiz Felipe Scolari.
O treinador se diz injustiçado. "Quando o Vasco nos pediu ajuda, no ano passado, nós adiamos o jogo, porque entendíamos que o Vasco era o Brasil. Agora, parece que todos estão contra nós. Se fosse hoje, pensaria mil vezes em ajudar outras equipes. A mão que eu dei não recebi de volta", afirmou.
"Tem que ter compreensão de todos os lados, não só para as equipes cariocas, mas também para as paulistas", disse o volante Rogério.
Para Euller, o Palmeiras deveria ser poupado por representar o futebol brasileiro. "Por que dar essa brecha ao inimigo?", disse o atacante, referindo-se ao rival da final da Libertadores, o Deportivo Cali. O segundo jogo da decisão, dia 16 de junho, foi confirmado para o Parque Antarctica.
O diretor de futebol do clube, Sebastião Lapolla, também mostrou-se irritado com a intransigência da CBF e dos dirigentes do Botafogo. "Mas não vamos tumultuar o campeonato, criticamos quem fez isso no ano passado. O que tiver que ser nosso ninguém vai tirar."
Scolari voltou a pedir o apoio da torcida na partida de hoje. "Peço aos torcedores que busquem no fundo do baú aquele dinheiro que resta. Sem ela nos empurrando, podemos sentir o baque."
O treinador criticou a postura de alguns membros da organizada Mancha Verde, extinta pela Justiça em 96, que, antes da partida contra o River Plate, cobravam que Scolari cumprisse a promessa de distribuir ingressos. "A, e, i, prometeu tem que cumprir", gritavam.
"Fiquei bastante chateado com eles. Não tinha como comprar mais ingressos. E fiz minha boa ação ao distribuir os cem que havia prometido. Não vou mais admitir esse tipo de postura. Da próxima vez, vou solicitar que saiam das arquibancadas do estádio (de Barueri)." (FERNANDO MELLO)




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