São Paulo, sexta-feira, 28 de junho de 2002

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Na final, treinador encontra formação ideal

DOS ENVIADOS A YOKOHAMA

Nada de mistérios ou dúvidas, como aconteceu no resto da Copa-2002. Para enfrentar a Alemanha, na decisão de domingo, em Yokohama, Luiz Felipe Scolari já definiu o time que vai escalar.
Com a volta de Ronaldinho, que estava suspenso, o treinador irá montar sua equipe com os mesmos jogadores que iniciaram a partida contra a Inglaterra, pelas quartas-de-final da competição.
"O time deve ser esse mesmo [o que atuou contra os ingleses"", disse Scolari, confirmando que, enfim, depois de muitas idas e vindas, principalmente na defesa, a seleção brasileira tem agora uma equipe definida.
Isso ainda com uma outra grande vantagem. Sem lesões ou dúvidas, o treinador terá três dias para treinar e passar instruções para jogadores que já sabem quem serão os seus parceiros.
O Brasil terá na sua despedida do Mundial uma formação quase idêntica a que fez o jogo de estréia, contra a seleção da Turquia.
Dos 11 jogadores que vão começar o jogo contra a Alemanha, só Kleberson não foi escalado para enfrentar a Turquia no início do mês, em Ulsan (Coréia do Sul)
Dessa forma, o time atual não segue a maior parte da história vencedora do time nacional.
Em 1958, Djalma Santos, Pelé e Garrincha, astros da decisão, começaram a Copa no banco.
Até o time de 1994, montado com bastante antecedência por Carlos Alberto Parreira, sofreu mais mudanças no decorrer da competição do que agora.
Naquela ocasião, durante a campanha do tetracampeonato, Mazinho e Branco passaram de reservas a titulares do time nos postos de Raí e Leonardo.
Depois de escolher seus jogadores preferidos de forma definitiva, Scolari se derramou ontem em elogios aos eleitos.
Mesmo não sendo questionado sobre Cafu, ele fez questão de falar do lateral-direito, a quem criticou em abril por não ter o mesmo poder de marcação do passado.
"Não podemos nos esquecer do grande capitão que é o Cafu. Até com a doação dele à equipe. O Cafu não era um grande marcador, mas quando nós precisamos dele como marcador, nos últimos três jogos, foi perfeito", declarou o treinador brasileiro.
O técnico também fez comentários sobre o último obstáculo que a sua equipe terá de superar, no domingo, para conquistar o sonhado pentacampeonato.
"A jogada aérea da Alemanha é muito forte", afirmou ele, referindo-se ao ataque da equipe européia, que marcou oito gols de cabeça até o momento no Mundial.
Para ajudar na marcação dos alemães, Scolari conta com a ajuda do zagueiro Lúcio, que atua no Bayer Leverkusen.
"Hoje [ontem], o Lúcio já ficou passando para os companheiros como joga cada jogador da Alemanha", afirmou o treinador. (FV, FM, JAB, PC, RBU e SR)



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