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Na final, treinador encontra formação ideal
DOS ENVIADOS A YOKOHAMA
Nada de mistérios ou dúvidas,
como aconteceu no resto da Copa-2002. Para enfrentar a Alemanha, na decisão de domingo, em
Yokohama, Luiz Felipe Scolari já
definiu o time que vai escalar.
Com a volta de Ronaldinho, que
estava suspenso, o treinador irá
montar sua equipe com os mesmos jogadores que iniciaram a
partida contra a Inglaterra, pelas
quartas-de-final da competição.
"O time deve ser esse mesmo [o
que atuou contra os ingleses"",
disse Scolari, confirmando que,
enfim, depois de muitas idas e
vindas, principalmente na defesa,
a seleção brasileira tem agora
uma equipe definida.
Isso ainda com uma outra grande vantagem. Sem lesões ou dúvidas, o treinador terá três dias para
treinar e passar instruções para
jogadores que já sabem quem serão os seus parceiros.
O Brasil terá na sua despedida
do Mundial uma formação quase
idêntica a que fez o jogo de estréia,
contra a seleção da Turquia.
Dos 11 jogadores que vão começar o jogo contra a Alemanha, só
Kleberson não foi escalado para
enfrentar a Turquia no início do
mês, em Ulsan (Coréia do Sul)
Dessa forma, o time atual não
segue a maior parte da história
vencedora do time nacional.
Em 1958, Djalma Santos, Pelé e
Garrincha, astros da decisão, começaram a Copa no banco.
Até o time de 1994, montado
com bastante antecedência por
Carlos Alberto Parreira, sofreu
mais mudanças no decorrer da
competição do que agora.
Naquela ocasião, durante a
campanha do tetracampeonato,
Mazinho e Branco passaram de
reservas a titulares do time nos
postos de Raí e Leonardo.
Depois de escolher seus jogadores preferidos de forma definitiva,
Scolari se derramou ontem em
elogios aos eleitos.
Mesmo não sendo questionado
sobre Cafu, ele fez questão de falar
do lateral-direito, a quem criticou
em abril por não ter o mesmo poder de marcação do passado.
"Não podemos nos esquecer do
grande capitão que é o Cafu. Até
com a doação dele à equipe. O Cafu não era um grande marcador,
mas quando nós precisamos dele
como marcador, nos últimos três
jogos, foi perfeito", declarou o
treinador brasileiro.
O técnico também fez comentários sobre o último obstáculo que
a sua equipe terá de superar, no
domingo, para conquistar o sonhado pentacampeonato.
"A jogada aérea da Alemanha é
muito forte", afirmou ele, referindo-se ao ataque da equipe européia, que marcou oito gols de cabeça até o momento no Mundial.
Para ajudar na marcação dos
alemães, Scolari conta com a ajuda do zagueiro Lúcio, que atua no
Bayer Leverkusen.
"Hoje [ontem], o Lúcio já ficou
passando para os companheiros
como joga cada jogador da Alemanha", afirmou o treinador.
(FV, FM, JAB, PC, RBU e SR)
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