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F-1
Mercedes e BMW aproveitam para aparecer no GP em que o rival corre em casa
À sombra de Schumacher, fábricas disputam atenção
FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A NURBURGRING
De um lado, a Mercedes-Benz;
de outro, a BMW. As duas maiores montadoras da Alemanha
aproveitaram ontem, primeiro
dia de treinos para o GP da Europa, para apresentar novidades e
marcar suas posições na F-1.
O duelo por espaço na mídia
não é coincidência. A arena, afinal, é Nurburgring, o mais histórico dos autódromos alemães.
Hoje, a partir das 9h (de Brasília), o circuito recebe o treino oficial do GP da Europa. A largada
para a nona etapa do Mundial será amanhã, no mesmo horário.
Ontem, a movimentação ficou
por conta das montadoras. Foi
um anúncio atrás do outro.
Por volta das 15h45 locais
(10h45 em Brasília), logo após a
pré-classificação, a BMW divulgou a renovação de seu contrato
com a Williams até 2009.
E mais: deixou no ar a possibilidade de estar comprando uma
parte da equipe, a exemplo do que
a rival Mercedes fez com a McLaren anos atrás. "O novo acordo é
diferente do anterior e será caracterizado por um crescente nível
de integração entre as partes",
afirma a nota da BMW.
Fundador do time, Frank Wil-liams foi mais explícito. Ele já definiu até como investir o dinheiro
da parceria: construirá um segundo túnel de vento (para ensaios
aerodinâmicos com modelos) na
fábrica de Grove. "Esse contrato
significa um investimento sem
precedentes", disse.
Vinte minutos depois, a Mercedes foi à forra. Norbert Haug, seu
diretor de automobilismo, garantiu que a empresa venderá motores para um time em 2004.
"Queremos dar um bom exemplo. Acho que dentro de seis semanas poderemos anunciar detalhes", declarou o dirigente.
Os dois anúncios podem ser vistos como a cereja no bolo do poderio germânico na F-1. Cada vez
mais, a categoria fala alemão.
Em Hockenheim, no ano passado, a Alemanha se tornou o país
que mais vezes recebeu GPs. É,
também, a nação que mais tem
pilotos nesta temporada: quatro.
E, é claro, estopim para esse
processo, é o berço do pentacampeão Michael Schumacher
-atual líder deste Mundial.
Não tanto pelo teor, mas pela
antecedência, o anúncio da BMW
pegou Nurburgring de surpresa.
O atual contrato com a Williams
só termina em dezembro de 2004.
A explicação para a antecipação
pode ser o início imediato do "nível de integração maior".
Já a manobra da Mercedes é
uma forma de se aproximar mais
da FIA. Desde 2001, a entidade
máxima do automobilismo pede
publicamente para que as montadoras coloquem seus propulsores
no mercado, a preços módicos.
Para a F-1, o valor pedido pela
Mercedes é baixo: US$ 10 milhões. A Jordan, por exemplo, está
pagando US$ 22 milhões nesta
temporada para ter motor Ford.
NA TV - Treino oficial do GP da
Europa; Globo, ao vivo, às 9h
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