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São Paulo, sábado, 28 de junho de 2003

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F-1

Mercedes e BMW aproveitam para aparecer no GP em que o rival corre em casa

À sombra de Schumacher, fábricas disputam atenção

FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A NURBURGRING

De um lado, a Mercedes-Benz; de outro, a BMW. As duas maiores montadoras da Alemanha aproveitaram ontem, primeiro dia de treinos para o GP da Europa, para apresentar novidades e marcar suas posições na F-1.
O duelo por espaço na mídia não é coincidência. A arena, afinal, é Nurburgring, o mais histórico dos autódromos alemães.
Hoje, a partir das 9h (de Brasília), o circuito recebe o treino oficial do GP da Europa. A largada para a nona etapa do Mundial será amanhã, no mesmo horário.
Ontem, a movimentação ficou por conta das montadoras. Foi um anúncio atrás do outro.
Por volta das 15h45 locais (10h45 em Brasília), logo após a pré-classificação, a BMW divulgou a renovação de seu contrato com a Williams até 2009.
E mais: deixou no ar a possibilidade de estar comprando uma parte da equipe, a exemplo do que a rival Mercedes fez com a McLaren anos atrás. "O novo acordo é diferente do anterior e será caracterizado por um crescente nível de integração entre as partes", afirma a nota da BMW.
Fundador do time, Frank Wil-liams foi mais explícito. Ele já definiu até como investir o dinheiro da parceria: construirá um segundo túnel de vento (para ensaios aerodinâmicos com modelos) na fábrica de Grove. "Esse contrato significa um investimento sem precedentes", disse.
Vinte minutos depois, a Mercedes foi à forra. Norbert Haug, seu diretor de automobilismo, garantiu que a empresa venderá motores para um time em 2004.
"Queremos dar um bom exemplo. Acho que dentro de seis semanas poderemos anunciar detalhes", declarou o dirigente.
Os dois anúncios podem ser vistos como a cereja no bolo do poderio germânico na F-1. Cada vez mais, a categoria fala alemão.
Em Hockenheim, no ano passado, a Alemanha se tornou o país que mais vezes recebeu GPs. É, também, a nação que mais tem pilotos nesta temporada: quatro.
E, é claro, estopim para esse processo, é o berço do pentacampeão Michael Schumacher -atual líder deste Mundial.
Não tanto pelo teor, mas pela antecedência, o anúncio da BMW pegou Nurburgring de surpresa.
O atual contrato com a Williams só termina em dezembro de 2004. A explicação para a antecipação pode ser o início imediato do "nível de integração maior".
Já a manobra da Mercedes é uma forma de se aproximar mais da FIA. Desde 2001, a entidade máxima do automobilismo pede publicamente para que as montadoras coloquem seus propulsores no mercado, a preços módicos.
Para a F-1, o valor pedido pela Mercedes é baixo: US$ 10 milhões. A Jordan, por exemplo, está pagando US$ 22 milhões nesta temporada para ter motor Ford.


NA TV - Treino oficial do GP da Europa; Globo, ao vivo, às 9h


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