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FUTEBOL
Capitão do time de Foe, morto anteontem, diz que a final da Copa das Confederações só foi assegurada após reunião
Camarões cogitou deixar torneio da Fifa
PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL A PARIS
A Fifa diz que Camarões nunca
pensou em desistir de jogar a final
da Copa das Confederações, mas
a possibilidade existiu.
Essa é uma das cicatrizes deixadas pela morte do meia Marc-Vivien Foe, 28, ocorrida no confronto de anteontem entre o time africano e a seleção da Colômbia.
Ontem, na saída da delegação
de Camarões da concentração de
Saint-Étienne, a mesma que abrigou o Brasil, o zagueiro e capitão
Song disse que os jogadores se
reuniram com os dirigentes do
país na noite de quinta-feira.
Alguns atletas não queriam jogar, mas foram convencidos do
contrário pelos cartolas.
"Francamente, parece que isso
[o cancelamento] não era possível, pois havia um programa a ser
cumprido", declarou Song.
Para a Fifa, a decisão nunca esteve ameaçada. "Não sei de onde
saiu essa informação. Camarões
nem sequer cogitou a possibilidade de não jogar", afirmou Chuck
Blazer, dirigente americano responsável pela organização da Copa das Confederações.
As informações desencontradas
chegam depois do mal-estar causado pelas declarações de Joseph
Blatter, o presidente da Fifa, que
ontem visitou a família de Foe em
Lyon e a delegação de Camarões,
da qual recebeu a confirmação
que os africanos irão a campo.
Ao falar que a bola não poderia
parar pela morte do camaronês, o
dirigente suíço foi criticado, principalmente pelos jogadores franceses. Ontem, a Fifa saiu em defesa de seu chefe. "O presidente disse que não é o espetáculo que tem
continuar, e sim o jogo", afirmou
Markus Siegler, diretor de comunicações da entidade.
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