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São Paulo, sábado, 28 de junho de 2003

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FUTEBOL

Capitão do time de Foe, morto anteontem, diz que a final da Copa das Confederações só foi assegurada após reunião

Camarões cogitou deixar torneio da Fifa

PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL A PARIS

A Fifa diz que Camarões nunca pensou em desistir de jogar a final da Copa das Confederações, mas a possibilidade existiu.
Essa é uma das cicatrizes deixadas pela morte do meia Marc-Vivien Foe, 28, ocorrida no confronto de anteontem entre o time africano e a seleção da Colômbia.
Ontem, na saída da delegação de Camarões da concentração de Saint-Étienne, a mesma que abrigou o Brasil, o zagueiro e capitão Song disse que os jogadores se reuniram com os dirigentes do país na noite de quinta-feira.
Alguns atletas não queriam jogar, mas foram convencidos do contrário pelos cartolas.
"Francamente, parece que isso [o cancelamento] não era possível, pois havia um programa a ser cumprido", declarou Song.
Para a Fifa, a decisão nunca esteve ameaçada. "Não sei de onde saiu essa informação. Camarões nem sequer cogitou a possibilidade de não jogar", afirmou Chuck Blazer, dirigente americano responsável pela organização da Copa das Confederações.
As informações desencontradas chegam depois do mal-estar causado pelas declarações de Joseph Blatter, o presidente da Fifa, que ontem visitou a família de Foe em Lyon e a delegação de Camarões, da qual recebeu a confirmação que os africanos irão a campo.
Ao falar que a bola não poderia parar pela morte do camaronês, o dirigente suíço foi criticado, principalmente pelos jogadores franceses. Ontem, a Fifa saiu em defesa de seu chefe. "O presidente disse que não é o espetáculo que tem continuar, e sim o jogo", afirmou Markus Siegler, diretor de comunicações da entidade.


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