São Paulo, quarta-feira, 28 de junho de 2006

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Revelação dos Azuis aparece e tem desempenho similar ao de craque

DA REPORTAGEM LOCAL

Frank Ribéry finalmente teve uma atuação que justificou todas as apostas depositadas nele. O xodó francês, que, desde as suas primeiras atuações pela seleção, era considerado um "novo Zidane", mostrou, no jogo contra a Espanha, que começa a seguir os passos do capitão.
Ontem, a exemplo de Zizou, Ribéry também fez um gol, o primeiro pela França. "Foi ótimo ter marcado meu primeiro gol contra um grande time como a Espanha", disse o meia.
No aspecto negativo, também "imitou" o craque francês e foi advertido com um cartão amarelo. Além disso, Ribéry demonstrou que, como seu mestre, onze anos mais velho, também tem habilidade. Contra a Espanha, o camisa 22 foi o que mais driblou (cinco vezes).
Em uma seleção cuja média de idade é de 28,7 anos -a maior entre todas as equipes do Mundial-, o vigor do caçula de 23 anos destoa. Pela primeira vez, desde que conquistou a vaga de titular, Ribéry assumiu a função que o técnico Raymond Domenech lhe atribuíra: o de ser o pulmão do time.
Durante o jogo, era possível vê-lo correndo por todo o campo e dividindo com Zidane a responsabilidade de criar as jogadas. "Ele nos deu uma força extra", elogiou o técnico.
Antes da Copa, o meia foi tão bem nos jogos preparatórios, que 69% dos franceses o queriam como titular no Mundial. Domenech atendeu aos anseios populares e o escalou.
Após atuações discretas na primeira fase, somente ontem os franceses puderam reverenciar o Scarface. O meia recebeu o apelido devido a uma grande cicatriz que tem no rosto.
Aos dois anos, Ribéry sofreu uma acidente de carro. Recentemente, ele disse que recusou uma cirurgia plástica por não considerar que a cicatriz seja um motivo de vergonha. (MB)


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