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Sprint final
Perto do final das disputas, Cuba abre vantagem
de seis ouros em relação ao Brasil, que precisa de uma avalanche
de sucessos nas modalidades em que é forte para
fechar os Jogos no segundo lugar
Antonio Scorza/France Presse
![](../images/s2807200701.jpg) |
Juliana dos Santos completa em primeiro lugar a prova dos 800 m no estádio João Havelange |
ADALBERTO LEISTER FILHO
PAULO COBOS
ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO
Foi um dia em que Cuba
abriu vantagem na disputa pelo
segundo lugar do quadro de
medalhas do Pan do Rio. E ela
só não é irreversível porque
rostos brasileiros desconhecidos deixaram o duelo ainda em
aberto na reta decisiva.
Os caribenhos ganharam ontem 11 ouros onde eram favoritos -canoagem, boxe, luta e
atletismo. Os brasileiros, que
superaram o recorde de 123
medalhas de Santo Domingo
(já são 125), foram ao lugar
mais alto do pódio cinco vezes,
três onde poucos apostavam.
Cuba tem agora seis ouros a
mais, mas nos dois dias que restam de provas o Brasil é cotado
como favorito mais vezes.
Para manter vivo o sonho do
vice-campeonato no Pan, azarões foram essenciais.
Pela manhã, a vitória chegou
na canoagem, na prova do K4
1.000 m. Foi apenas a segunda
medalha de ouro da modalidade na história dos Pans.
À tarde, dois triunfos que não
foram surpresa, no hipismo e
na ginástica rítmica, ambos por
equipe. Mas eles não eram suficientes para encurtar a diferença para os cubanos.
Foi a vez então dos azarões.
No boxe, Pedro Lima quebrou
um tabu de 44 anos do Brasil e
ficou com o ouro, em luta dramática contra o americano Demetrius Andrade -a virada
veio nos 20 segundos finais.
No atletismo, Juliana Gomes
dos Santos corria no pelotão
principal dos 1.500 m até a metade da prova. Foi quando disparou para levar o mais improvável dos quatro ouros que o esporte ganhou até agora.
Com a superação de gente
sem fama, a missão dos figurões, quase todos homens, ficou um pouco menos complicada para hoje e amanhã.
São mais de dez possibilidades reais de vitória com os homens e, pelo que ocorreu até
agora, é uma vantagem. Se o
Pan fosse só para homens, a delegação brasileira teria chance,
ainda que só razoável, de terminar à frente dos EUA -a maior
potência esportiva do planeta
tem "só" nove ouros a mais.
Mas, se a competição fosse só
para mulheres, o time americano já seria campeão, com 32 ouros a mais do que o Brasil.
Nos últimos dois dias de disputa, os homens são favoritos
em várias modalidades. Na vela, no último dia de regatas,
quatro classes são lideradas por
competidores brasileiros.
Jadel Gregório, dono da melhor marca do ano no salto triplo, é favoritíssimo no encerramento do atletismo no Engenhão. E o revezamento 4 x 100
m e o salto com vara (com Fábio Gomes) estão bem cotados.
Hoje, o futsal tem enorme favoritismo na final contra a Argentina -o mesmo ocorre com
o vôlei diante dos EUA. Flávio
Saretta joga pelo ouro no tênis.
E as mulheres têm chance de
contribuir nas competições individuais da ginástica rítmica
-seis ouros em jogo. Cuba viverá novamente do boxe, da luta, da canoagem e do atletismo.
Amanhã, quando apenas três
ouros serão disputados, Cuba
aparece só como figurante, e o
Brasil tem chances reais. Na
maratona, com Vanderlei Cordeiro de Lima e Franck Caldeira. No hipismo, com Rodrigo
Pessoa. O basquete, caso passe
hoje pela semifinal, também
pode fechar o Pan no topo.
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