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Jadel pula hoje para derrubar sina e tabu
DOS ENVIADOS AO RIO
Jadel Gregório, 26, luta hoje,
na final do salto triplo do Pan,
contra um tabu e sua sina.
Junto com o salto em distância, o triplo é a prova em que o
Brasil já ganhou no Pan e que
há mais tempo não vê novo
triunfo. O último ouro nas duas
competições foi obtido no Pan-79, ambos com João do Pulo.
E Jadel tenta superar um histórico de fiascos em eventos
importantes ou de grande visibilidade, como é o Pan. Apontado como favorito ao pódio, ele
fracassou em Olimpíada e
Mundiais. "Será gostoso competir no Pan, ainda mais no
Brasil. Quero fazer bonito", diz
Jadel, cujas maiores conquistas
foram as pratas em Mundiais
indoor de 2004 e 2006.
O saltador é a esperança de o
Brasil superar o fraco desempenho até aqui no atletismo,
que já foi superado pela natação como o esporte com mais
pódios em Pans. No Rio, o atletismo soma três ouros, pior
marca dos últimos 20 anos.
Jadel é o favorito ao ouro hoje. Neste ano, bateu o recorde
sul-americano, com salto de
17,90 m. A marca anterior, de
João do Pulo, estava em vigor
havia 32 anos. É o melhor salto
entre os atletas em atividade.
Sua próxima meta é superar
o recorde mundial de Jonathan
Edwards: 18,29 m. Para isso,
buscou a ajuda do técnico Peter
Stanley, que também dirigiu o
inglês. "O método dele é muito
diferente dos brasileiros. Estamos indo bem. Mudei parte
técnica, alimentação e clima",
conta Jadel, agora radicado em
Gateshead (Inglaterra).
A ameaça vem de Cuba. Osniel Tosca, 23, bateu o brasileiro no último duelo. No GP de
Roma, há duas semanas, o cubano ficou com a prata. Jadel
terminou em quinto.
(ALF E PC)
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