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CANOAGEM
K4 arranca no final e desbanca favoritos
Equipe aposta em estratégia diferente
para ultrapassar canoístas cubanos
Nos 1.000 m, caiaque dá
primeira medalha dourada
ao atleta pioneiro do país,
que ainda conquista a prata
na mesma distância do K1
RODRIGO MATTOS
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
Uma arrancada na metade final da prova levou a equipe brasileira de canoagem a desbancar os favoritos cubanos e garantir uma medalha de ouro no
K4 1.000 m. Roberto Maheler,
Guto Campos, Sebastian Cuattrin e Edson Isaías Silva formaram o caiaque vencedor.
Foi o segundo título do país
no esporte em Pans -o primeiro fora em Santo Domingo.
No total, o Brasil somou três
medalhas (um ouro e duas pratas) nas seis provas do primeiro
dia de finais da canoagem. Está
em terceiro na modalidade,
atrás de Cuba e México. Mas, se
repetir o desempenho no segundo dia, terá a melhor performance do esporte em Pans.
E Cuattrin, pioneiro e com 11
medalhas em Pans, obteve seu
primeiro ouro, em seu quinto
evento. "Em hora nenhuma me
cobrei por essa medalha. Mas
claro que, dourada, é mais valiosa", disse o canoísta.
Para chegar à vitória, o Brasil
adotou tática diferente das outras equipes, que tentaram
manter o mesmo ritmo toda a
prova. A equipe nacional estava
em segundo até os 500 metros,
atrás dos cubanos. Então, arrancou e passou os rivais, que
sempre batiam os brasileiros.
"Combinamos que não deixaríamos eles [os cubanos] se
afastarem até o meio. Sobrou
energia e arrancamos", explicou Guto Campos, que ganhou
seu segundo ouro em Pan.
"Eles [cubanos] tiraram nosso
ouro em Santo Domingo."
No final, os cubanos foram
ultrapassados também pelos
canadenses. Os brasileiros fizeram o tempo de 3min4s145, só
0,7s à frente do Canadá.
"O país tinha certa tradição
nesta prova. Mudamos um
pouco a formação", analisou o
técnico do time brasileiro, Akos
Angyal, que é húngaro.
Edson Silva e Maheler foram
as novidades do time. "Fui com
raiva porque não tive a chance
de mostrar meu talento em
2003", contou Edson, que foi
reserva no último Pan.
Além do ouro, o Brasil ainda
obteve a prata no C2 1.000 m
(canoa), com Vílson Conceição
e Wladimir Moreno. Foi a primeira medalha brasileira em
canoa em Pans. A outra prata
chegou com Sebastian Cuattrin, no K1 1.000 m.
A Confederação Brasileira de
Canoagem (CBC) usará as medalhas como trunfo para renovar acordo, encerrado em junho, com o Governo do Estado
de São Paulo, que banca a maior
parte do centro de treinamento. O investimento é de R$ 285
mil por ano. A Prefeitura de São
Bernardo, outra patrocinadora,
já garantiu apoio em 2007.
João Tomasinni, presidente
da CBC, ainda aposta em ouro
para Guto Campos e Roberto
Maheler no K2 500 m.
"Essa não era esperada", disse o cartola em referência ao
K4 1.000 m. Hoje, serão disputadas mais seis finais.
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