São Paulo, sábado, 28 de julho de 2007

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G. RÍTMICA

Conjunto supera a euforia e fica com tri

Brasileiras triunfam mesmo com falhas na apresentação

DA ENVIADA AO RIO

O clima já era de euforia após o primeiro dia de competição.
Um perigo na visão das brasileiras. Melhor conjunto nas apresentações de anteontem, o Brasil era o grande favorito, mas teria de convencer os juízes. "Existe o nosso time. E os outros, em um nível abaixo. Os árbitros sabiam disso e, se não mostrássemos essa superioridade, eles poderiam até favorecer os mais fracos. O que fizermos foi chegar e dizer: "Somos as melhores, estão vendo?'", disse a técnica Mônica Queiroz.
O recado deu resultado. Mesmo com pequenas falhas na apresentação com três arcos e duas maças, as brasileiras repetiram os 14.800 de anteontem e conquistaram o tricampeonato do Pan. Cuba e Canadá, nessa ordem, completaram o pódio.
Hoje, o Brasil tem a chance de repetir os três ouros de Santo Domingo nas finais por equipe por aparelho. Acontecerá também a disputa individual por aparelhos. Ontem, Angélica Krvieczynski, 15, ficou em 6º. Ana Paula Schefer, 17, foi 8ª.
O Pan do Rio foi o primeiro título importante da nova geração da ginástica rítmica. Apenas Tayanne Mantovaneli, 20, é remanescente do antigo grupo. E também a coroação de um novo método de trabalho.
"Nós copiamos o modelo do vôlei. Fizemos uma seletiva com quase 200 meninas de todo o Brasil e selecionamos 18. Depois, pegamos as 10 que estão aqui", afirmou Mônica.
O centro nacional da ginástica rítmica foi deslocado do Paraná para o Espírito Santo, e as garotas foram morar em uma república. "Passamos muitas horas juntas. Existe um clima muito legal. Essa equipe já está junta há dois anos e vem mostrando resultados", afirmou Daniela Leite, 19.
Radicadas em Vila Velha, as atletas se tornaram o xodó da cidade. E, com a proximidade dos Jogos, também alvo de cobranças. "Todo mundo só perguntava da medalha. Competir no Brasil é uma responsabilidade. A gente sentia que tinha um peso nas costas. Agora, é buscar a vaga na Olimpíada", afirmou Nicole, 18. Se ficar entre as 12 primeiras no Mundial, em setembro, as tricampeãs pan-americanas carimbam o passaporte para a Olimpíada de 2008. (MARIANA LAJOLO)


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