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G. RÍTMICA
Conjunto supera a euforia e fica com tri
Brasileiras triunfam mesmo
com falhas na apresentação
DA ENVIADA AO RIO
O clima já era de euforia após
o primeiro dia de competição.
Um perigo na visão das brasileiras. Melhor conjunto nas
apresentações de anteontem, o
Brasil era o grande favorito,
mas teria de convencer os juízes. "Existe o nosso time. E os
outros, em um nível abaixo. Os
árbitros sabiam disso e, se não
mostrássemos essa superioridade, eles poderiam até favorecer os mais fracos. O que fizermos foi chegar e dizer: "Somos
as melhores, estão vendo?'",
disse a técnica Mônica Queiroz.
O recado deu resultado. Mesmo com pequenas falhas na
apresentação com três arcos e
duas maças, as brasileiras repetiram os 14.800 de anteontem e
conquistaram o tricampeonato
do Pan. Cuba e Canadá, nessa
ordem, completaram o pódio.
Hoje, o Brasil tem a chance
de repetir os três ouros de Santo Domingo nas finais por equipe por aparelho. Acontecerá
também a disputa individual
por aparelhos. Ontem, Angélica
Krvieczynski, 15, ficou em 6º.
Ana Paula Schefer, 17, foi 8ª.
O Pan do Rio foi o primeiro
título importante da nova geração da ginástica rítmica. Apenas Tayanne Mantovaneli, 20,
é remanescente do antigo grupo. E também a coroação de um
novo método de trabalho.
"Nós copiamos o modelo do
vôlei. Fizemos uma seletiva
com quase 200 meninas de todo o Brasil e selecionamos 18.
Depois, pegamos as 10 que estão aqui", afirmou Mônica.
O centro nacional da ginástica rítmica foi deslocado do Paraná para o Espírito Santo, e as
garotas foram morar em uma
república. "Passamos muitas
horas juntas. Existe um clima
muito legal. Essa equipe já está
junta há dois anos e vem mostrando resultados", afirmou
Daniela Leite, 19.
Radicadas em Vila Velha, as
atletas se tornaram o xodó da
cidade. E, com a proximidade
dos Jogos, também alvo de cobranças. "Todo mundo só perguntava da medalha. Competir
no Brasil é uma responsabilidade. A gente sentia que tinha um
peso nas costas. Agora, é buscar
a vaga na Olimpíada", afirmou
Nicole, 18. Se ficar entre as 12
primeiras no Mundial, em setembro, as tricampeãs pan-americanas carimbam o passaporte para a Olimpíada de 2008.
(MARIANA LAJOLO)
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