São Paulo, sábado, 28 de julho de 2007

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VELA

Protesto põe título da hobie cat no tapetão

Arndt e Oliveira já celebravam vitória, mas comissão de arbitragem freia festa

Cinco equipes reclamaram de ferragem no mastro do barco brasileiro, uma das embarcações que já tinham garantido medalha ao país

MÁRVIO DOS ANJOS
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

A primeira medalha do Brasil na vela quase aconteceu ontem, na classe hobie cat 16, mas cinco protestos de outros países impediram que Bernardo Arndt e Bruno Oliveira apenas cumprissem tabela pelo ouro.
Com o cancelamento das regatas de ontem, devido à ausência de ventos, a dupla brasileira mantinha uma vantagem de pontos já impossível de ser alcançada pelos demais.
Mas a comissão de arbitragem acatou protestos de cinco países (Venezuela, EUA, Guatemala, Porto Rico e México) devido ao moitão (roldana) do mastro do barco nacional, após três horas de reunião. Mesmo aprovada na medição (procedimento obrigatório antes das provas), a roldana era de alumínio, material que foi trocado na classe pela fibra de carbono.
Indagado sobre os profissionais de medição, que não teriam o curso obrigatório da Isaf (Federação Internacional de Vela), o principal oficial da prova, Nelson Ilha, afirmou que todos participaram de um seminário. "Foram todos profissionais escolhidos pelos órgãos de cada classe", disse.
A decisão eliminou Arndt e Oliveira, mas os brasileiros recorreram da decisão. Pela manhã, o recurso será apreciado pelos tribunal da competição.
Mesmo assim, o Brasil larga hoje com, no mínimo, uma prata e quatro bronzes -e, na melhor das hipóteses, seis primeiros lugares podem ser obtidos.
Em quatro classes, bastaria só que as "medal races", em que os cinco melhores barcos participam, fossem canceladas -a exemplo do que ocorreu ontem, por falta de ventos.
Sem provas, o Brasil terminaria sua participação com três ouros e três pratas. No RS:X feminino, a prata de Patrícia Castro também já é certa, embora ela tenha boa chance de ouro.
Em duas classes, os brasileiros são líderes e já tem no mínimo o bronze. No RS:X, com Ricardo Winicki, e o J24, com Maurício Santa Cruz, Daniel Santiago, João Carlos Jordão e Alexandre Silva. Na snipe, Alexandre Paradeda e Pedro Amaral lideram, mas a disputa está aberta. O bronze também é o mínimo que o Brasil terá na laser, com Robert Scheidt, e na lightining, em que Cláudio Biekarck, Gunnar Ficker e Marcelo Silva. Nas duas classes, os barcos estão em segundo.


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