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VELA
Protesto põe título da hobie cat no tapetão
Arndt e Oliveira já celebravam vitória, mas comissão de arbitragem freia festa
Cinco equipes reclamaram de ferragem no mastro do barco brasileiro, uma das embarcações que já tinham garantido medalha ao país
MÁRVIO DOS ANJOS
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
A primeira medalha do Brasil
na vela quase aconteceu ontem,
na classe hobie cat 16, mas cinco protestos de outros países
impediram que Bernardo
Arndt e Bruno Oliveira apenas
cumprissem tabela pelo ouro.
Com o cancelamento das regatas de ontem, devido à ausência de ventos, a dupla brasileira
mantinha uma vantagem de
pontos já impossível de ser alcançada pelos demais.
Mas a comissão de arbitragem acatou protestos de cinco
países (Venezuela, EUA, Guatemala, Porto Rico e México)
devido ao moitão (roldana) do
mastro do barco nacional, após
três horas de reunião. Mesmo
aprovada na medição (procedimento obrigatório antes das
provas), a roldana era de alumínio, material que foi trocado na
classe pela fibra de carbono.
Indagado sobre os profissionais de medição, que não teriam o curso obrigatório da Isaf
(Federação Internacional de
Vela), o principal oficial da prova, Nelson Ilha, afirmou que todos participaram de um seminário. "Foram todos profissionais escolhidos pelos órgãos de
cada classe", disse.
A decisão eliminou Arndt e
Oliveira, mas os brasileiros recorreram da decisão. Pela manhã, o recurso será apreciado
pelos tribunal da competição.
Mesmo assim, o Brasil larga
hoje com, no mínimo, uma prata e quatro bronzes -e, na melhor das hipóteses, seis primeiros lugares podem ser obtidos.
Em quatro classes, bastaria
só que as "medal races", em que
os cinco melhores barcos participam, fossem canceladas -a
exemplo do que ocorreu ontem, por falta de ventos.
Sem provas, o Brasil terminaria sua participação com três
ouros e três pratas. No RS:X feminino, a prata de Patrícia Castro também já é certa, embora
ela tenha boa chance de ouro.
Em duas classes, os brasileiros são líderes e já tem no mínimo o bronze. No RS:X, com Ricardo Winicki, e o J24, com
Maurício Santa Cruz, Daniel
Santiago, João Carlos Jordão e
Alexandre Silva. Na snipe, Alexandre Paradeda e Pedro Amaral lideram, mas a disputa está
aberta. O bronze também é o
mínimo que o Brasil terá na laser, com Robert Scheidt, e na
lightining, em que Cláudio Biekarck, Gunnar Ficker e Marcelo Silva. Nas duas classes, os
barcos estão em segundo.
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