São Paulo, quarta-feira, 28 de julho de 2010

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Massa e Alonso esquecem marmelada após dois dias

Em blogs, pilotos tratam o GP da Alemanha como uma dobradinha normal

DA ENVIADA A OBERHAUSEN

Passados dois dias do constrangimento das entrevistas pós-GP da Alemanha, os dois pilotos da Ferrari falaram ontem pela primeira vez sobre o resultado da corrida de domingo, quando Felipe Massa cedeu a primeira posição a Fernando Alonso.
Nos blogs que eles possuem no site da escuderia, trataram a corrida de Hockenheim como uma dobradinha normal e nem sequer mencionaram a polêmica.
"Vencer sempre é um sentimento muito bom e foi este o caso na última corrida, especialmente pelo trabalho de todos na sede da equipe, em Maranello", disse Alonso.
"Havia uma certa frustração com nossa falta de bons resultados, mas tivemos uma corrida normal, num fim de semana que não tivemos problemas. O resultado está aí para que todos vejam", completou o espanhol, que agora está a 34 pontos de Lewis Hamilton, o líder do Mundial.
Para Massa, que no domingo assumiu a responsabilidade por ceder passagem para o escudeiro dizendo que havia sido "profissional", o resultado em Hockenheim "foi bom para a equipe".
"As pessoas estavam se perguntando nas últimas semanas por que dizíamos que nosso carro tinha melhorado e finalmente conseguimos dar a resposta", escreveu o piloto brasileiro. "O resultado serve como motivação para todos no time continuarem trabalhando duro para melhorarmos a cada etapa."
Depois de um jejum de dez provas sem ganhar, a Ferrari finalmente esteve competitiva no final de semana todo.
O problema é que Massa, que liderou mais da metade da prova, teve de abrir passagem para o colega ao receber uma mensagem indireta via rádio. Alonso passou, e a escuderia foi multada por fazer jogo de equipe, o que é vetado pelo regulamento da F-1.
O caso será levado agora ao Conselho Mundial da FIA. E a Ferrari pode enfrentar mais alguma punição.
Se depender de Bernie Ecclestone, detentor dos direitos comerciais da F-1, a marmelada deve acabar em pizza. "Confesso que concordo com o que foi feito", disse.
"Fazemos as pessoas chamarem as equipes de times. Os dois carros têm de ser idênticos. Os pilotos usam os mesmos macacões. Isso é um time formado por pessoas que correm", afirmou o dirigente, que é favorável a uma mudança no regulamento.
"O que cada um faz na sua equipe é problema deles. Claro que não se pode colocar ninguém em risco, mas fora isso, que façam o que quiserem." (TATIANA CUNHA)


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