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FUTEBOL
Apesar da pouca tradição no esporte, os EUA já derrotaram neste ano as seleções alemã e argentina
Brasil pega "asa negra" de potências
FÁBIO VICTOR
enviado especial a Guadalajara
Os EUA, que enfrentam hoje o
Brasil às 22h30 (horário de Brasília), em Guadalajara, pela Copa
das Confederações, entram em
campo amparados pela condição
de "pedra no sapato" das grandes
potências do futebol mundial.
Apesar da pouca tradição no esporte (jamais ultrapassaram a segunda fase de uma Copa do Mundo), os norte-americanos venceram os últimos confrontos contra
as seleções principais de Brasil,
Argentina e Alemanha -tidas
como as mais fortes do mundo,
ao lado da italiana.
A derrota por 1 a 0 para os praticantes do "soccer", no ano passado, custou à seleção, à época dirigida por Zagallo, a eliminação da
Copa Ouro, disputada nos EUA.
Este ano, a primeira vítima da
surpresa foi a Alemanha. Em fevereiro, jogando na casa do adversário, sofreu uma vexaminosa
derrota por 3 a 0.
No mês passado, novamente
num amistoso em casa, os EUA
bateram a Argentina por 1 a 0.
O técnico da seleção brasileira,
Wanderley Luxemburgo, disse
que seu time já está alertado sobre
a "ameaça" norte-americana.
"Não fico pensando que vamos
jogar contra uma seleção que não
tem nada, como muitos acreditam, mas contra um time que já
mostrou que é capaz de derrubar
adversários teoricamente mais
fortes", afirmou o técnico.
Luxemburgo manterá o time
que iniciou o último jogo, contra
a Alemanha, apesar de as mudanças do segundo tempo (entrada
de Alex e Warley) terem definido
a goleada por 4 a 0.
De acordo com o treinador, a
estratégia brasileira será anular a
forte marcação dos EUA -que
atuam com três zagueiros e cinco
jogadores no meio-campo- e
não entrar na correria do rival.
"Temos que iniciar a marcação
antes que eles, impedindo a sua
saída de bola."
Para isso, colocará Vampeta e
Zé Roberto marcando os alas adversários, "deixando o meio para
o Flávio (Conceição) e o Émerson
trabalharem, até com liberdade
para chegarem finalizando".
O histórico do confronto mostra que a disparidade técnica entre Brasil e EUA jamais foi traduzida em goleadas. Nos seis jogos
entre as seleções principais dos
dois países ocorridos de 92 até hoje (cinco vitórias brasileiras contra uma dos EUA), o Brasil marcou oito gols -1,3 por partida.
Até 92, o único confronto havia
sido em 1930, 4 a 3 para o Brasil.
O atacante Ronaldinho deu a receita para acabar com a escassez
de gols: "Tem que se movimentar
bastante e tentar entrar na diagonal. Além disso, precisamos jogar
sem a bola, abrindo espaço para
os companheiros, pois a marcação deles é muito justa e sempre
tem um homem na sobra".
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