São Paulo, quarta-feira, 28 de agosto de 2002

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Embalado, Santos mantém 3-5-2

FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

O Santos aposta na sequência de boas partidas de seu jovem time no Brasileiro e no retrospecto favorável em jogos em casa neste ano para justificar o otimismo que contaminou o grupo para o confronto de hoje à noite, na Vila Belmiro, contra o Paraná, antepenúltimo colocado na competição.
Desde janeiro, o Santos só perdeu uma vez dentre as 14 em que atuou na Vila, em jogos válidos pelo Rio-São Paulo, Copa do Brasil e Brasileiro. A equipe não perde em casa há cinco meses. O último fracasso aconteceu em 20 de março, na derrota por 2 a 1 para o Jundiaí, pelo Rio-São Paulo.
Apesar da frustração de ter sofrido o gol de empate do Fluminense aos 48min do segundo tempo, no domingo, de acordo com a avaliação de jogadores e comissão técnica, o time não se intimidou e dominou o adversário no Rio.
"Fizemos um, mas podíamos ter feito dois, três. Se repetirmos a alegria de jogar futebol que demonstramos lá, teremos dificuldades, mas poderemos superar [o Paraná]", disse Emerson Leão.
O treinador e os jogadores se disseram satisfeitos com a mudança no esquema tático. Depois de treinar o time no 4-4-2 durante toda a etapa de preparação e atuar neste esquema nos primeiros jogos do Brasileiro, Leão adotou o 3-5-2 contra o Fluminense e deverá manter o sistema hoje.
"Eu, o Preto e o André [os três zagueiros] nos entendemos bem, mesmo sem marcação individual. Marcamos só quem caía no nosso setor", afirmou Alex, 20, que estreou na equipe titular no Rio.
Para os atacantes, o sistema também trouxe benefícios. Diego, 17, destaque da equipe santista, disse que ganhou liberdade para atuar próximo à área. Já Alberto, 27, um dos reforços contratados para a disputa do Nacional, acredita que terá mais chances de marcar, o que ainda não ocorreu desde que chegou à Vila.
"O que vinha acontecendo é que dentro do jogo a gente se distanciava um pouco, e essa distância me deixava isolado no meio dos zagueiros. Agora, os meninos estão mais próximos de mim, e isso facilita", afirmou Alberto.
Entretanto, apesar do otimismo, o técnico Leão diz não ter ilusões com relação à possibilidade de o time vir a sofrer tropeços na sequência do campeonato. Segundo ele, até agora, após quatro rodadas, a equipe sofreu poucas alterações decorrentes de lesões ou de suspensões por cartões amarelos ou vermelhos.
"Ainda não chegou a fase do cartão amarelo, da contusão, e, quando chegar, quem tiver mais banco [de reservas] vai levar vantagem. O Santos não tem tanto assim. De vez em quando, teremos algumas recaídas, o que é normal para um time novo", afirmou.


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