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Embalado, Santos mantém 3-5-2
FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
O Santos aposta na sequência de
boas partidas de seu jovem time
no Brasileiro e no retrospecto favorável em jogos em casa neste
ano para justificar o otimismo
que contaminou o grupo para o
confronto de hoje à noite, na Vila
Belmiro, contra o Paraná, antepenúltimo colocado na competição.
Desde janeiro, o Santos só perdeu uma vez dentre as 14 em que
atuou na Vila, em jogos válidos
pelo Rio-São Paulo, Copa do Brasil e Brasileiro. A equipe não perde em casa há cinco meses. O último fracasso aconteceu em 20 de
março, na derrota por 2 a 1 para o
Jundiaí, pelo Rio-São Paulo.
Apesar da frustração de ter sofrido o gol de empate do Fluminense aos 48min do segundo tempo, no domingo, de acordo com a
avaliação de jogadores e comissão
técnica, o time não se intimidou e
dominou o adversário no Rio.
"Fizemos um, mas podíamos
ter feito dois, três. Se repetirmos a
alegria de jogar futebol que demonstramos lá, teremos dificuldades, mas poderemos superar [o
Paraná]", disse Emerson Leão.
O treinador e os jogadores se
disseram satisfeitos com a mudança no esquema tático. Depois
de treinar o time no 4-4-2 durante
toda a etapa de preparação e atuar
neste esquema nos primeiros jogos do Brasileiro, Leão adotou o
3-5-2 contra o Fluminense e deverá manter o sistema hoje.
"Eu, o Preto e o André [os três
zagueiros] nos entendemos bem,
mesmo sem marcação individual.
Marcamos só quem caía no nosso
setor", afirmou Alex, 20, que estreou na equipe titular no Rio.
Para os atacantes, o sistema
também trouxe benefícios. Diego,
17, destaque da equipe santista,
disse que ganhou liberdade para
atuar próximo à área. Já Alberto,
27, um dos reforços contratados
para a disputa do Nacional, acredita que terá mais chances de
marcar, o que ainda não ocorreu
desde que chegou à Vila.
"O que vinha acontecendo é
que dentro do jogo a gente se distanciava um pouco, e essa distância me deixava isolado no meio
dos zagueiros. Agora, os meninos
estão mais próximos de mim, e
isso facilita", afirmou Alberto.
Entretanto, apesar do otimismo, o técnico Leão diz não ter ilusões com relação à possibilidade
de o time vir a sofrer tropeços na
sequência do campeonato. Segundo ele, até agora, após quatro
rodadas, a equipe sofreu poucas
alterações decorrentes de lesões
ou de suspensões por cartões
amarelos ou vermelhos.
"Ainda não chegou a fase do
cartão amarelo, da contusão, e,
quando chegar, quem tiver mais
banco [de reservas] vai levar vantagem. O Santos não tem tanto assim. De vez em quando, teremos
algumas recaídas, o que é normal
para um time novo", afirmou.
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