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BOXE
País se revolta com a arbitragem
Delegação de Cuba
abandona Mundial
das agências internacionais
Revoltada com o que classificou
de "máfia corrupta" na arbitragem, a delegação cubana abandonou na madrugada de ontem o
Campeonato Mundial de boxe
amador, que está sendo disputado em Houston, EUA.
Os cubanos contestaram várias
decisões desfavoráveis a lutadores
do país. O estopim ocorreu na
noite de anteontem, quando o
meio-médio (até 67 kg) Juan Hernández dominou claramente a luta contra o russo Timour Gaidalov, mas, segundo a decisão dos
jurados, perdeu o combate.
A indignação tomou conta do
centro de convenções George
Brown, onde estão acontecendo
as lutas. Vários norte-americanos
juntaram-se a hispânicos para
vaiar a decisão.
Instantes após o anúncio do
vencedor, a Aiba (Associação Internacional de Boxe Amador) voltou atrás na decisão da luta polêmica, declarando Hernández
vencedor, mas os cubanos se
mantiveram firmes em sua resolução e retornaram para Havana.
Na mesma noite, a delegação do
país caribenho já recebera com
reclamações a derrota de Maikro
Romero para o norte-americano
Brian Viloria, pelos minimoscas.
Quem iniciou o levante cubano
foi o pesado Félix Savón. Hexacampeão mundial, ele recusou-se
a disputar a final de sua categoria,
também na noite de anteontem,
contra o norte-americano Michael Bennett (leia texto abaixo).
"Foi a culminância de uma série
de injustiças e humilhações que
não iremos permitir. Nossa dignidade e integridade estão acima de
uma medalha", declarou o chefe
da delegação cubana no Mundial,
José Barrientos.
A iniciativa teria sido motivada
por uma ordem do presidente cubano, Fidel Castro. Aficionado
por pugilismo, ele assistia à luta
de Hernández pela TV. Ao ouvir o
resultado, teria ligado para Barrientos e dito: "Ouro imediato para Hernandéz ou nos retiramos".
Atual campeã mundial e maior
potência do boxe amador no planeta, Cuba liderava em Houston.
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