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FUTEBOL
Desempenho ofensivo no Espanhol só não perde para o de time mutilado por uma greve de jogadores em 1984
Real galáctico iguala desastre de garotos
DIEGO TORRES
DO "EL PAÍS"
A estratégia da "acumulação"
de talento que diz praticar Florentino Pérez não se reflete no gramado. O presidente do Real Madrid insiste que "nunca" houve
tantos jogadores brilhantes juntos
numa mesma equipe.
No entanto o Real tem seu começo de Campeonato Espanhol
mais pobre na artilharia. O desempenho é digno de uma equipe
intermediária, e os atacantes
-que nunca foram tão caros e
premiados- não funcionam.
A pífia marca de quatro gols feitos iguala-se à da temporada
1984/1985, que teve uma greve de
jogadores que obrigou o clube a
usar suas pratas da casa.
Não faltam atacantes puros neste Real. O time tem Raúl, Ronaldo, Owen e Morientes. Com todos
eles o time marcou quatro gols
contra Mallorca, Numancia, Espanyol, Osasuna e Athletic Bilbao.
Em 1984, no meio de um conflito sindical, o Real marcou os mesmos quatro que agora nos cinco
jogos iniciais do Espanhol. Os adversários foram Barcelona, Gijón,
Sevilla, Racing e Athletic Bilbao.
Depois de estrear perdendo por
3 a 0 para o Barcelona, o time teve
que enfrentar o Gijón na segunda
rodada com os pratas da casa por
causa da greve. O jogo terminou
empatado em 1 a 1, com o gol do
Real sendo marcado por Leonardo, que nunca mais foi lembrado.
O mais próximo que houve com
esses dois arranques na história
do Real aconteceu na temporada
1972/1973. Foram cinco gols nas
cinco rodadas iniciais, contra
Castellón, Atlético de Madrid, Gijón, Las Palmas e Barcelona. O calendário, bem mais duro do que o
atual, não impediu que aqueles
jogadores fizessem um pouco
mais do que os galácticos. Sinal
que o Real de hoje não tem problemas só quando perde a bola.
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