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Corinthians e gols seguem em litígio
Rubens Cavallari/Folha Imagem
![](../images/s2809200601.jpg) |
Torcedores do Corinthians, que ontem, como protesto contra o time, ovacionaram Marinho |
Em casa, time não consegue vazar o Lanús, complica-se na Sul-Americana e vê zagueiro Marinho virar xodó da torcida
DA REPORTAGEM LOCAL
O defensivo Corinthians de
Emerson Leão empacou diante
do Lanús, no Morumbi, e ampliou o tabu sem vitórias diante
de clubes argentinos para oito
jogos. Com o fraco futebol e o
modorrento 0 a 0, a torcida corintiana encontrou uma forma
divertida para criticar o time.
Passou a gritar o nome de
Marinho a cada lance do zagueiro, que fez boa partida.
"O time deles jogou atrás. Assim fica difícil. Eles gritaram
meu nome, mas todos correram e buscaram o melhor", disse o "herói" corintiano.
O sistema defensivo tem sido
a prioridade na gestão do técnico Emerson Leão, que parece
não ligar para a falta de poder
de fogo de sua equipe.
Agora, o Corinthians decide a
vaga nas quartas-de-final da
Sul-Americana, no dia 11, em
Lanús. Precisa vencer ou empatar com gols para avançar.
Ao menos ontem, a covarde
agressão sofrida pelo técnico
Leão e pelos jogadores do Atlético-MG na decisão da extinta
Conmebol em Lanús, nove
anos atrás, foi esquecida.
Os argentinos tiveram recepção educada em São Paulo. O
vice-presidente de marketing
corintiano, Jorge Kalil, foi o anfitrião de uma visita dos dirigentes do Lanús ao Parque São
Jorge ontem pela manhã.
Pouco antes do início da partida, a delegação do clube paulista emprestou um jogo de
meias pretas para o clube argentino, que só trouxe as brancas, mesma cor dos brasileiros.
Em campo, tampouco houve
violência. Só a bola foi castigada. O Lanús limitou-se a se defender e a esperar por contra-ataques. O Corinthians, já virou
rotina, jogava sem inspiração.
O time de Leão, que tem média
pífia de um gol por jogo, deixou
claro ontem que o ataque não é
seu forte. A primeira defesa do
goleiro Bossio no primeiro
tempo foi um cabeceio despretensioso de Marinho aos 37min
do primeiro tempo.
A mediocridade do jogo foi
tão grande que as únicas manifestações da pequena torcida
na etapa inicial foram para o zagueiro Marinho, que teve seu
nome gritado duas vezes após
driblar adversários no campo
defensivo do Corinthians.
A apatia fez Leão mudar. O
treinador, que tem priorizado
as substituições defensivas,
não ousou muito. Tirou César e
colocou Gustavo Nery e ainda
pôs Rosinei, um pouco mais
ofensivo que Paulo Almeida.
E o jogo melhorou. Se não
fosse uma chance incrível de
gol perdida por Rosinei quase
embaixo das traves, o time teria
largado na frente logo no começo do tempo final. O fato é que,
com uma dose pequena de esforço, os corintianos passaram
a produzir algo útil e fazer com
que os zagueiros argentinos
trabalhassem um pouco mais.
Leão, porém, mesmo com o 0
a 0, tirou o atacante Rafael
Moura e colocou o meia Ramon. A euforia inicial deu novamente lugar à monotonia.
Ramon, jogando mais à frente, mais atrapalhou do que ajudou seus companheiros. Diante
da ruindade dos companheiros,
Marinho se consagrou. A cada
bola rebatida, o nome do zagueiro era gritado pelos agoniados corintianos nas frias arquibancadas do Morumbi.
O Corinthians volta a jogar
na próxima quinta-feira, contra
o Santos, pelo Brasileiro.0
(EAR)
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