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No 800º GP,
F-1, de novo, se reinventa
DA ENVIADA A CINGAPURA
A categoria que teve início com uma corrida realizada num sábado à tarde
para não coincidir com a
tradicional missa do vilarejo de Northamptonshire, nas cercanias de Silverstone (Inglaterra),
completa hoje 800 GPs.
E, apesar de muita coisa
ter mudado nesses 58
anos, a F-1 continua a
mesma: reinventando-se
para se manter atrativa.
Não por coincidência, o
cenário para comemorar a
marca histórica são as ruas
de Cingapura, onde a categoria abre oficialmente as
portas para um novo mercado, as corridas noturnas
na Ásia, visando principalmente a TV.
"Não acredito que elas
sejam necessariamente o
futuro da F-1", afirmou
Bernie Ecclestone, detentor dos direitos comerciais, quando questionado
pela reportagem. "Mas
acho que em alguns lugares elas são uma questão
de necessidade."
A intenção de Ecclestone agora é conseguir convencer os promotores de
GPs como China, Japão e
Austrália a fazerem também suas corridas à noite.
"Espero que, depois de
assistirem à prova em Cingapura, as pessoas vejam
que esta não era uma idéia
idiota", afirmou.
Mas não é só. Com o
crescimento da internet, a
F-1 teve também de se modernizar. Desde o começo
do ano, a ITV, a detentora
dos direitos na Inglaterra,
disponibiliza todas as suas
transmissões ao vivo, mas
apenas para os internautas do Reino Unido.
Devido a isso, o site da
ITV já se tornou o mais
acessado entre os ingleses,
com mais de 25 milhões de
hits a cada semana.
A rede de TV aberta, que
a partir do ano que vem cederá lugar à BBC, estima
que cerca de 6 milhões de
telespectadores assistam
às corridas da F-1. É o dobro do que ocorria antes
da chegada do inglês Lewis
Hamilton à categoria, no
ano passado.
Na Espanha, que também sofreu um boom com
a Alonsomania, os índices,
apesar de o bicampeão
mundial não estar lutando
por vitórias em 2008, seguem nos mesmos patamares dos de 2007, quando Fernando Alonso disputou o título até a última
etapa, no GP Brasil.
A média de audiência no
país a cada corrida é de
cerca de 6 milhões de telespectadores.
Casa da Ferrari, a Itália
também tem conseguido
uma boa média.
No GP da Itália, há duas
semanas, cerca de 9,5 milhões de telespectadores
da RAI assistiram à vitória
de Sebastian Vettel.
Apesar de os números
terem caído após a aposentadoria de Michael
Schumacher, quando até
10 milhões de alemães assistiam às transmissões da
RTL, entre 5,5 milhões e
6,5 milhões, em média,
ainda acompanham os
GPs na Alemanha.
No Brasil, a medição do
Ibope é diferente. Mas,
apesar de Massa estar lutando pelo título, até a corrida em Monza, a Globo só
registrava 16,5 pontos em
média na Grande São Paulo, ou meio ponto a mais
do que nas 14 primeiras
corridas de 2007 -cada
ponto equivale a cerca de
56 mil residências.
De todos estes países, o
Brasil é o que menos tempo dedica à F-1 em sua
programação. Os canais
europeus geralmente
abrem suas transmissões
uma hora antes das corridas e as encerram, em média, meia hora após a cerimônia do pódio.
(TC)
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