São Paulo, quinta-feira, 28 de novembro de 2002

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FUTEBOL

Time de Parreira vence o Atlético-MG no Morumbi e pega o Fluminense

Corinthians, como queria, avança com a vantagem

LÚCIO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

Missão cumprida. O Corinthians literalmente cozinhou o galo, administrou a enorme vantagem aberta no último domingo e sacramentou ontem no Morumbi a vaga para as semifinais do Campeonato Brasileiro-2002.
Com uma vitória por 2 a 1 contra o Atlético-MG, três dias depois de construir um impiedoso 6 a 2 em Belo Horizonte, a equipe de Carlos Alberto Parreira se credenciou como um dos quatro times que passam, a partir do domingo, a lutar pelo título do Nacional.
O adversário do Corinthians, como queria a equipe, será o Fluminense, que ontem suportou a pressão do São Caetano.
O time de Parreira, pela melhor campanha no torneio, terá a vantagem de fazer o segundo jogo em casa contra os cariocas. E poderá disputar a final do Brasileiro-2002 se obtiver dois empates.
A primeira partida, no final de semana, será no Maracanã.
No jogo de ontem, a chuva foi o destaque do fraco primeiro tempo. A violência do Atlético chamou a atenção na partida inteira.
Talvez influenciados pelas declarações de um dirigente mineiro após a goleada sofrida no último domingo, que chamou a equipe de covarde e "delicada" por ter feito poucas faltas no adversário, o Atlético bateu bastante.
Foram 28 infrações sofridas pelos corintianos, contra 16 cometidas pelo time de Parreira. No final da partida, o clube de Belo Horizonte contabilizaria cinco cartões amarelos e uma expulsão, a do lateral-esquerdo Ronildo.
O lance mais violento do Atlético aconteceu aos 28min da primeira etapa. Em uma entrada maldosa do meia Paulinho, o jogador pisou na canela de Rogério.
Dois minutos depois, foi a vez de Marcinho sentir a "vontade" dos jogadores do Atlético, em dois lances violentos contra ele. O primeiro a pegar foi Cleisson. No instante seguinte, foi Paulinho.
Contudo o Atlético, que até tinha um volume de jogo maior que o da equipe paulista, não conseguia atingir o gol de Doni.
Na bola, o Corinthians levou a partida a seu ritmo. Trocando a bola de pé em pé na grande parte da partida, o time comandado por Parreira finalizou pouco, como de costume - nove chutes a gol no total, quando sua média por jogo é de 12,8 vezes.
"A gente veio para cozinhar o jogo, tocar a bola. Está dando certo", disse o volante corintiano Fabrício, na saída de campo após o fim do primeiro tempo.
Mas, ainda assim, o time do Corinthians construiu seu placar na segunda etapa, quando a chuva parou de castigar o gramado do estádio do Morumbi e a torcida.
Aos 12min, Marcinho, quase na linha do gol, empurrou a bola para dentro, depois que Guilherme pegou um rebote do goleiro Eduardo e cruzou.
O Atlético empatou dois minutos depois. Em cobrança de falta da entrada da área, o lateral Mancini bateu forte. Guilherme, na barreira, virou de costas, a bola passou e entrou no canto direito de Doni. Foi o 15º gol de Mancini neste Brasileiro -na história da competição nacional, é o jogador de defesa que mais gols fez numa edição do campeonato.
A partida seguiu morna até os 41min, quando o atacante Guilherme decretou a derrota de seu ex-time. O jogador só escorou um cruzamento do lateral Kléber, da grande área, tocando por baixo do goleiro atleticano.
Agora na semifinal, o time do Parque São Jorge tenta seu quarto título brasileiro -e pode alcançar Palmeiras, Vasco e Flamengo no olimpo do campeonato nacional.
No caso da conquista corintiana do Brasileiro, o time paulista, sob o comando do técnico Carlos Alberto Parreira, levantará sua terceira taça na temporada -já ganhou neste ano a Copa do Brasil e o Torneio Rio-São Paulo.


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