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FUTEBOL
Time de Parreira vence o Atlético-MG no Morumbi e pega o Fluminense
Corinthians, como queria, avança com a vantagem
LÚCIO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL
Missão cumprida. O Corinthians literalmente cozinhou o galo, administrou a enorme vantagem aberta no último domingo e
sacramentou ontem no Morumbi
a vaga para as semifinais do Campeonato Brasileiro-2002.
Com uma vitória por 2 a 1 contra o Atlético-MG, três dias depois
de construir um impiedoso 6 a 2
em Belo Horizonte, a equipe de
Carlos Alberto Parreira se credenciou como um dos quatro times
que passam, a partir do domingo,
a lutar pelo título do Nacional.
O adversário do Corinthians,
como queria a equipe, será o Fluminense, que ontem suportou a
pressão do São Caetano.
O time de Parreira, pela melhor
campanha no torneio, terá a vantagem de fazer o segundo jogo em
casa contra os cariocas. E poderá
disputar a final do Brasileiro-2002
se obtiver dois empates.
A primeira partida, no final de
semana, será no Maracanã.
No jogo de ontem, a chuva foi o
destaque do fraco primeiro tempo. A violência do Atlético chamou a atenção na partida inteira.
Talvez influenciados pelas declarações de um dirigente mineiro após a goleada sofrida no último domingo, que chamou a equipe de covarde e "delicada" por ter
feito poucas faltas no adversário,
o Atlético bateu bastante.
Foram 28 infrações sofridas pelos corintianos, contra 16 cometidas pelo time de Parreira. No final
da partida, o clube de Belo Horizonte contabilizaria cinco cartões
amarelos e uma expulsão, a do lateral-esquerdo Ronildo.
O lance mais violento do Atlético aconteceu aos 28min da primeira etapa. Em uma entrada
maldosa do meia Paulinho, o jogador pisou na canela de Rogério.
Dois minutos depois, foi a vez
de Marcinho sentir a "vontade"
dos jogadores do Atlético, em
dois lances violentos contra ele. O
primeiro a pegar foi Cleisson. No
instante seguinte, foi Paulinho.
Contudo o Atlético, que até tinha um volume de jogo maior
que o da equipe paulista, não conseguia atingir o gol de Doni.
Na bola, o Corinthians levou a
partida a seu ritmo. Trocando a
bola de pé em pé na grande parte
da partida, o time comandado
por Parreira finalizou pouco, como de costume - nove chutes a
gol no total, quando sua média
por jogo é de 12,8 vezes.
"A gente veio para cozinhar o
jogo, tocar a bola. Está dando certo", disse o volante corintiano Fabrício, na saída de campo após o
fim do primeiro tempo.
Mas, ainda assim, o time do Corinthians construiu seu placar na
segunda etapa, quando a chuva
parou de castigar o gramado do
estádio do Morumbi e a torcida.
Aos 12min, Marcinho, quase na
linha do gol, empurrou a bola para dentro, depois que Guilherme
pegou um rebote do goleiro
Eduardo e cruzou.
O Atlético empatou dois minutos depois. Em cobrança de falta
da entrada da área, o lateral Mancini bateu forte. Guilherme, na
barreira, virou de costas, a bola
passou e entrou no canto direito
de Doni. Foi o 15º gol de Mancini
neste Brasileiro -na história da
competição nacional, é o jogador
de defesa que mais gols fez numa
edição do campeonato.
A partida seguiu morna até os
41min, quando o atacante Guilherme decretou a derrota de seu
ex-time. O jogador só escorou um
cruzamento do lateral Kléber, da
grande área, tocando por baixo
do goleiro atleticano.
Agora na semifinal, o time do
Parque São Jorge tenta seu quarto
título brasileiro -e pode alcançar
Palmeiras, Vasco e Flamengo no
olimpo do campeonato nacional.
No caso da conquista corintiana
do Brasileiro, o time paulista, sob
o comando do técnico Carlos Alberto Parreira, levantará sua terceira taça na temporada -já ganhou neste ano a Copa do Brasil e
o Torneio Rio-São Paulo.
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