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São Paulo, quarta-feira, 29 de janeiro de 2003

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BASQUETE

Dono do Ribeirão Preto se diz prejudicado por rivais que alegam que time foi favorecido pelos juízes e que aliciou atleta

COC vai à Justiça contra "esquema COC"

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A diretoria do COC interpelou na Justiça dirigentes e técnicos da Uniara e do Franca por problemas relacionados à final do Paulista masculino, encerrado há duas semanas, e à transferência de Lucas para o Ribeirão Preto.
Já a FPB (Federação Paulista de Basquete) entrará hoje na Justiça desportiva contra a Uniara por causa das insinuações de que a arbitragem teria favorecido o Ribeirão Preto na final o Paulista.
Os dirigentes do COC/Ribeirão se sentiram atingidos pelas declarações de Fernando Soares Mauro, pró-reitor administrativo da Uniara, e de Tom Zé, treinador da equipe, que reclamaram da atuação dos juízes da final do Paulista.
Os dois insinuaram a existência de um esquema para favorecer o Ribeirão, que ficou 39 jogos invicto no Paulista. "Na hora de colhermos os frutos do trabalho iniciado em 96, os rivais começam a falar bobagem", diz Nilson Curti, superintendente do COC.
Mauro, que ainda não fora notificado, não quis falar muito. "Vou colocar o nosso departamento jurídico em cima deles", afirma.
O COC também questiona a atitude da comissão técnica da Uniara, que entrou em quadra para o terceiro jogo da final, que definiu o título, com uma tarja preta, em protesto contra a arbitragem.
"Como eles podem ficar brincando com uma tarja preta sem nenhuma base? Nossa imagem foi atingida com isso", afirma Curti.
As complicações judiciais da Uniara devem se avolumar. Toni Chakmati, presidente da FPB, irá entrar hoje com queixa no TJD da federação por causa das reclamações de Fernando e Tom Zé.
"Eles vão ter que se explicar pelas declarações, pela tarja preta e por terem ironizado os juízes ao cumprimentá-los em fila, após o segundo jogo da final. Não entrei na Justiça antes porque aguardava a chegada da fita da partida."
O problema do Ribeirão com o Franca ocorreu após a contratação de Lucas, 19, que jogou o Paulista pelo rival. O pivô está registrado na FPB até o dia 12 de março para jogar pelo Franca. "Liberamos para eles o Márcio e o Valtinho em 98. O Lucas tem o perfil do COC e, segundo consta, estava com salários atrasados", diz Curti.
Nelson Salomão, presidente do Franca, e Daniel Wattfy, técnico do time, criticam o rival. Salomão chegou a dizer que Lucas havia sido "aliciado" e que teria se transferido sob a promessa do técnico Lula de convocá-lo para a seleção.
"Se isso foi prática no passado, aqui não vai ser", diz Curti, lembrando que Hélio Rubens, ex-técnico do Brasil, dirigiu o Franca. Salomão qualificou a interpelação de "brincadeira de mau gosto".


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