São Paulo, sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

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Negócio e futebol revivem 2005

Ao final do contrato, Robinho deve se transferir de novo para a Espanha, desta vez para o Barcelona

Novo Santos reunirá três gerações de craques e cria expectativa para "remake" de equipe que marcou época no início desta década

DA REPORTAGEM LOCAL

As semelhanças entre o Santos de 2002, que conquistou o primeiro Brasileiro da história do clube, e o time atual não ficam apenas no futebol de Robinho ou na aposta nos garotos.
O Santos já sabe que não contará com o jogador após o dia 4 de agosto. Embora não se fale abertamente, é público que Robinho fará do Santos uma ponte aérea para voltar à Espanha.
Ou seja, cinco anos depois, o clube alvinegro verá na saída de Robinho um "remake" de 2005, quando o atacante se transferiu para o galáctico Real Madrid.
A reportagem apurou que desta vez o craque deve desembarcar no Barcelona, seu antigo sonho de consumo. A expectativa dele é voltar a jogar bem pelo Santos, disputar a Copa-2010 e, valorizado, conseguir a transferência ao clube catalão.
Mas uma diferença entre o adeus do Robinho de 2005 e o de 2010 estará na atmosfera.
Naquele ano, o jogador, que recebia cerca de R$ 200 mil, viveu semanas conturbadas. Entrou em litígio com a diretoria e lutou para conseguir se desvincular do Santos. A campanha "Fica, Robinho", criada por torcedores, acabou se transformando em "Vaza, Robinho".
Agora, a chance de reviver o vencedor Santos de 2002 fez Robinho e a diretoria alvinegra esquecerem o passado.
"O Robinho volta à casa dele, onde nasceu, se desenvolveu e apareceu. Ele tem a cara do Santos, com o jeito moleque de jogar, driblar, jogando com amor e prazer. O Robinho se encaixa perfeitamente neste time que estamos montando", disse, empolgado, o presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro.
A partir da semana que vem, o técnico Dorival Júnior terá em suas mãos as três últimas grandes gerações do Santos: Giovanni, ídolo dos anos 90, Neymar, grande promessa do presente, e Robinho, que comandou a geração do início desta década, também campeã brasileira em 2004.
"Trouxemos o Giovanni [ídolo do time de 1995], sonho de consumo de todo santista. E agora repatriamos o Robinho. Com ele e os garotos, montamos um time altamente competitivo", disse Luis Alvaro.
Para manter o sonho de unir as gerações, ele avisou que Neymar e Paulo Henrique Ganso, outra grande aposta do clube, não entraram nas negociações com o Manchester City. Em princípio, o clube inglês teria prioridade nas negociações, mas a ideia foi rechaçada pelo dirigente santista.
Neste Paulista, sem a presença de Robinho, o Santos soma sete pontos. Em quatro jogos, conquistou duas vitórias, um empate e sofreu uma derrota. Amanhã enfrentará o Oeste, na Vila, às 19h30. (LUCAS REIS)


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