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Negócio e futebol revivem 2005
Ao final do contrato, Robinho deve se transferir de novo para a Espanha, desta vez para o Barcelona
Novo Santos reunirá três gerações de craques e cria expectativa para "remake" de equipe que marcou época no início desta década
DA REPORTAGEM LOCAL
As semelhanças entre o Santos de 2002, que conquistou o
primeiro Brasileiro da história
do clube, e o time atual não ficam apenas no futebol de Robinho ou na aposta nos garotos.
O Santos já sabe que não contará com o jogador após o dia 4
de agosto. Embora não se fale
abertamente, é público que Robinho fará do Santos uma ponte aérea para voltar à Espanha.
Ou seja, cinco anos depois, o
clube alvinegro verá na saída de
Robinho um "remake" de 2005,
quando o atacante se transferiu
para o galáctico Real Madrid.
A reportagem apurou que
desta vez o craque deve desembarcar no Barcelona, seu antigo
sonho de consumo. A expectativa dele é voltar a jogar bem
pelo Santos, disputar a Copa-2010 e, valorizado, conseguir a
transferência ao clube catalão.
Mas uma diferença entre o
adeus do Robinho de 2005 e o
de 2010 estará na atmosfera.
Naquele ano, o jogador, que
recebia cerca de R$ 200 mil, viveu semanas conturbadas. Entrou em litígio com a diretoria e
lutou para conseguir se desvincular do Santos. A campanha
"Fica, Robinho", criada por torcedores, acabou se transformando em "Vaza, Robinho".
Agora, a chance de reviver o
vencedor Santos de 2002 fez
Robinho e a diretoria alvinegra
esquecerem o passado.
"O Robinho volta à casa dele,
onde nasceu, se desenvolveu e
apareceu. Ele tem a cara do
Santos, com o jeito moleque de
jogar, driblar, jogando com
amor e prazer. O Robinho se
encaixa perfeitamente neste time que estamos montando",
disse, empolgado, o presidente
Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro.
A partir da semana que vem,
o técnico Dorival Júnior terá
em suas mãos as três últimas
grandes gerações do Santos:
Giovanni, ídolo dos anos 90,
Neymar, grande promessa do
presente, e Robinho, que comandou a geração do início
desta década, também campeã
brasileira em 2004.
"Trouxemos o Giovanni [ídolo do time de 1995], sonho de
consumo de todo santista. E
agora repatriamos o Robinho.
Com ele e os garotos, montamos um time altamente competitivo", disse Luis Alvaro.
Para manter o sonho de unir
as gerações, ele avisou que Neymar e Paulo Henrique Ganso,
outra grande aposta do clube,
não entraram nas negociações
com o Manchester City. Em
princípio, o clube inglês teria
prioridade nas negociações,
mas a ideia foi rechaçada pelo
dirigente santista.
Neste Paulista, sem a presença de Robinho, o Santos soma
sete pontos. Em quatro jogos,
conquistou duas vitórias, um
empate e sofreu uma derrota.
Amanhã enfrentará o Oeste, na
Vila, às 19h30.
(LUCAS REIS)
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