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Goleada e
salsa movem
colombianos
do enviado a Bogotá
O técnico Luis García e
seus jogadores negaram que
entrariam em campo pensando em vingar a goleada
de 9 a 0 sofrida para o Brasil
no Pré-Olímpico do Paraná,
mas esqueceram de avisar os
seus fanáticos torcedores.
Nos arredores e dentro do
estádio El Campín, o principal combustível da animação era a derrota de 30 de janeiro, quando os times eram
outros, assim como o técnico colombiano (Javier Alvarez, demitido após o revés).
"Eô, eô, Colômbia, os 9 a 0
ainda doem", gritava a torcida, que lotou o estádio (os 45
mil ingressos se esgotaram
no primeiro dia de vendas).
A Federação Colombiana
de Futebol e a Prefeitura de
Bogotá armaram uma grande festa, que começou com o
pouso de pára-quedistas
com bandeiras do país.
O ponto alto foi um show
de salsa, em um palco armado atrás de um dos gols.
Até o início da partida, nenhum incidente havia sido
registrado pela polícia de
Bogotá -exceto uma queda
de energia no estádio.
A polícia descartou a possibilidade de ter sido uma
ação terrorista. No início da
semana, 11 torres de transmissão de energia foram dinamitadas em vários pontos
da Colômbia, deixando dez
cidades às escuras.
A ação foi atribuída ao
grupo guerrilheiro ELN
(Exército de Libertação Nacional), que, junto com as
Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia),
controla parte do país.
Por isso, ontem, o esquema de segurança para a partida contou com 1.800 homens -1.000 do lado de fora do estádio e 800 dentro,
300 dos quais à paisana.
Para entrar no El Campín,
os torcedores passavam por
três cinturões de segurança,
onde eram revistados.
Antes do jogo, o prefeito
de Bogotá, Enrique Peñalosa, fez um discurso pedindo
um minuto de silêncio em
homenagem às vítimas da
guerrilha -32 pessoas foram mortas no último final
de semana. Quando ele acabou, a torcida respondeu
com xingamentos.
(FV)
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