São Paulo, sábado, 29 de março de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Grécia barra imprensa em evento olímpico

DA REPORTAGEM LOCAL

Dias após o protesto de ativistas da ONG Repórteres sem Fronteiras, que na segunda-feira irromperam na cerimônia na qual foi acesa a chama olímpica, em Olímpia, a Grécia decidiu radicalizar para impedir manifestações contra a China, que em agosto abriga os Jogos.
Ontem, o Comitê Olímpico Helênico (COH) proibiu que meios de comunicação acompanhem a chegada do fogo olímpico à Acrópole, local onde amanhã ele será entregue a autoridades chinesas e embarca para um périplo em volta ao mundo que termina em maio.
A medida é uma espécie de seguro antiprotesto pois, acreditam os gregos, sem imagens ao vivo da cerimônia, a invasão de manifestantes acaba inócua.
Além disso, 2.000 policiais foram destacados para blindar o entorno do sítio histórico de Atenas. O COH diz que imagens "oficiais" da festa serão distribuídas posteriormente.
A decisão provocou protestos da Associação de Imprensa Estrangeira na Grécia e também da União Grega de Fotógrafos, que prometeram uma manifestação conjunta contra o que consideraram "censura prévia" do governo grego.
Ontem, durante o revezamento da tocha -que chegou a Larissa, a cerca de 300 km de Atenas-, outra ONG denunciou que dez de seus integrantes foram interceptados e mantidos a 70 km de distância.
O desrespeito aos direitos humanos na China, além da violenta repressão a protestos de monges no Tibete, é a principal motivação das manifestações de organizações independentes contra a realização da Olimpíada em Pequim.


Texto Anterior: César Cielo é o mais veloz nas 50 jardas
Próximo Texto: Verde-amarelo: Presidente do COB conduz tocha
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.