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Grécia barra imprensa em evento olímpico
DA REPORTAGEM LOCAL
Dias após o protesto de ativistas da ONG Repórteres sem
Fronteiras, que na segunda-feira irromperam na cerimônia na
qual foi acesa a chama olímpica, em Olímpia, a Grécia decidiu radicalizar para impedir
manifestações contra a China,
que em agosto abriga os Jogos.
Ontem, o Comitê Olímpico
Helênico (COH) proibiu que
meios de comunicação acompanhem a chegada do fogo
olímpico à Acrópole, local onde
amanhã ele será entregue a autoridades chinesas e embarca
para um périplo em volta ao
mundo que termina em maio.
A medida é uma espécie de
seguro antiprotesto pois, acreditam os gregos, sem imagens
ao vivo da cerimônia, a invasão
de manifestantes acaba inócua.
Além disso, 2.000 policiais
foram destacados para blindar
o entorno do sítio histórico de
Atenas. O COH diz que imagens "oficiais" da festa serão
distribuídas posteriormente.
A decisão provocou protestos da Associação de Imprensa
Estrangeira na Grécia e também da União Grega de Fotógrafos, que prometeram uma
manifestação conjunta contra
o que consideraram "censura
prévia" do governo grego.
Ontem, durante o revezamento da tocha -que chegou a
Larissa, a cerca de 300 km de
Atenas-, outra ONG denunciou que dez de seus integrantes foram interceptados e mantidos a 70 km de distância.
O desrespeito aos direitos
humanos na China, além da
violenta repressão a protestos
de monges no Tibete, é a principal motivação das manifestações de organizações independentes contra a realização da
Olimpíada em Pequim.
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