São Paulo, domingo, 29 de março de 2009

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JUCA KFOURI

A linha do Equador


No reino da galhofa, por que levar a sério a seleção, os inquéritos policiais, os ídolos e os títulos?



A LINHA do Equador, em Quito, é alta: 2.800 metros!
E marcou 9 de seus 12 gols nas eliminatórias, em cinco jogos, exatamente lá. E derrotou o Brasil nas últimas duas partidas oficiais disputadas na capital equatoriana. Aliás, até agora, o Equador conseguiu 10 de seus 12 pontos em casa, com três vitórias, um empate e uma derrota, surpreendente, na estreia, diante da Venezuela. Seu técnico, Sixto Vizuete, alardeia que a altitude assusta os brasileiros, o que é uma bobagem, porque não assusta, apenas confere uma vantagem desleal que, por demagogia política, até o presidente do Brasil desconsidera na polêmica em torno do tema. O Equador tem a LDU, atual campeã da Libertadores, e não conhecerá nem Hernanes nem Ramires, dois dos melhores jogadores brasileiros da atualidade, porque eles ainda não foram jogar na Europa, como Josué e Felipe Melo. Fala sério!

Eu acredito
O "caso do gás" acabou, foi arquivado, não deu em nada porque, segundo o delegado Mauro Marcelo, fundador do "Muda, Palmeiras" e membro do TJD da FPF, "não houve vítimas". Eu acredito na polícia paulista.

Eu não acredito
Simplesmente me recuso a crer que alguém da TV Globo tenha mandado tirar Wlamir Marques de um evento do basquete apenas porque ele é comentarista da ESPN Brasil. Não acredito por mais que o bicampeão mundial, e uma das maiores glórias de nosso esporte, tenha ouvido exatamente isso do constrangido cartola que o desconvidou. E tenho certeza de que, no programa sobre o centenário do Inter que a ESPN Brasil está preparando, Paulo Roberto Falcão será devidamente homenageado.

Eu nem ligo
Acho simplesmente bobagem essa discussão em torno da equivalência de títulos da Taça Brasil, do Robertão, do Brasileirão. Até por ter visto todos eles e dado a devida importância em cada momento, algo que ninguém tira, como o Santos de Pelé, o melhor time de todos os tempos. Mas acho graça que, se a CBF entrar na dança, tenhamos o Palmeiras duas vezes campeão brasileiro em 1967, por ter vencido a Taça Brasil e o Robertão. Além dos dois campeões brasileiros de 1968, o Botafogo, pela Taça Brasil, e o Santos, pelo Robertão. E acho que a CBF, para ser coerente, deveria reconhecer que o Uruguai é tetracampeão mundial, pois, antes de ser bi do torneio da Fifa, foi bicampeão olímpico, que era o máximo, então.
Para não falar do movimento que certamente surgirá em torno do reconhecimento dos campeões do Rio-São Paulo, avô do Brasileirão, pai do Robertão, disputado anualmente entre 1950 e 1966, sem dúvida o mais importante torneio nacional do período.
Só o Corinthians ganhou quatro. Timão octocampeão brasileiro? O Palmeiras ganhou dois: decacampeão? E o Santos ganhou mais quatro: como se diz 12 vezes campeão? Só sei até dez, decacampeão! Será dodecampeão? Sim, será. Será?

blogdojuca@uol.com.br


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