São Paulo, segunda-feira, 29 de abril de 2002

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FUTEBOL

São Paulo tem melhor ataque do Rio-SP, e Corinthians, a defesa menos vazada, mas estatísticas aproximam rivais

Gols diferenciam finalistas semelhantes

DA REPORTAGEM LOCAL

A final do Torneio Rio-São Paulo vai colocar frente a frente a equipe com o melhor ataque da competição (São Paulo) e a de melhor defesa (Corinthians).
O ataque liderado por França e Reinaldo chegou à marca de 50 gols, e a defesa comandada por Dida foi vazada somente 17 vezes.
O cenário faz supor que será um confronto entre dois times com desempenhos bem diferentes dentro de campo, mas não é isso o que mostram os números.
Pelo contrário. De acordo com as estatísticas do Datafolha, Corinthians e São Paulo têm uma performance muito próxima na maioria dos fundamentos.
Os são-paulinos acertam em média 87,9% dos passes, enquanto os corintianos têm uma eficiência de 88,6%, a maior do Rio-SP.
A média de desarmes por jogo também é próxima: 113,5 do time de Carlos Alberto Parreira, 118,2 da equipe de Nelsinho Baptista.
Caracterizados mais pelo toque de bola do que por "chuveirinhos" na área, os arqui-rivais registram um índice de cruzamentos quase igual -26,9 o Corinthians, 24,8 o São Paulo.
A média de assistências é idêntica: ambos fazem duas por partida.
As maiores diferenças estão nas faltas e na eficiência nas finalizações. Neste fundamento, o São Paulo está na frente: acerta em média 45,4% dos arremates, contra 35,8% do Corinthians.
O time de Parreira, por sua vez, é o campeão do fair play do torneio, com média de apenas 18,9 faltas cometidas por jogo (os são-paulinos fazem 23,1).
A tendência foi reforçada ontem, pois os corintianos fizeram somente 12 infrações, dez a menos que o São Caetano. Apesar de ter a melhor defesa, o Corinthians atua no 4-3-3, esquema tático teoricamente mais ofensivo que o 4-4-2 usado por Nelsinho no goleador São Paulo, que atuou com três volantes anteontem.
Com o desfalque de França, que sofreu uma ruptura no músculo adutor da coxa direita e não deve voltar a jogar pelo clube, o técnico são-paulino pode tornar seu time mais defensivo, como fez no empate de anteontem com o Palmeiras, adiantando Kaká para o ataque e reforçando o meio-campo com um terceiro volante.


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