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FUTEBOL
São Paulo tem melhor ataque do Rio-SP, e Corinthians, a defesa menos vazada, mas estatísticas aproximam rivais
Gols diferenciam finalistas semelhantes
DA REPORTAGEM LOCAL
A final do Torneio Rio-São Paulo vai colocar frente a frente a
equipe com o melhor ataque da
competição (São Paulo) e a de
melhor defesa (Corinthians).
O ataque liderado por França e
Reinaldo chegou à marca de 50
gols, e a defesa comandada por
Dida foi vazada somente 17 vezes.
O cenário faz supor que será um
confronto entre dois times com
desempenhos bem diferentes
dentro de campo, mas não é isso o
que mostram os números.
Pelo contrário. De acordo com
as estatísticas do Datafolha, Corinthians e São Paulo têm uma
performance muito próxima na
maioria dos fundamentos.
Os são-paulinos acertam em
média 87,9% dos passes, enquanto os corintianos têm uma eficiência de 88,6%, a maior do Rio-SP.
A média de desarmes por jogo
também é próxima: 113,5 do time
de Carlos Alberto Parreira, 118,2
da equipe de Nelsinho Baptista.
Caracterizados mais pelo toque
de bola do que por "chuveirinhos" na área, os arqui-rivais registram um índice de cruzamentos quase igual -26,9 o Corinthians, 24,8 o São Paulo.
A média de assistências é idêntica: ambos fazem duas por partida.
As maiores diferenças estão nas
faltas e na eficiência nas finalizações. Neste fundamento, o São
Paulo está na frente: acerta em
média 45,4% dos arremates, contra 35,8% do Corinthians.
O time de Parreira, por sua vez,
é o campeão do fair play do torneio, com média de apenas 18,9
faltas cometidas por jogo (os são-paulinos fazem 23,1).
A tendência foi reforçada ontem, pois os corintianos fizeram
somente 12 infrações, dez a menos que o São Caetano. Apesar de
ter a melhor defesa, o Corinthians
atua no 4-3-3, esquema tático teoricamente mais ofensivo que o 4-4-2 usado por Nelsinho no goleador São Paulo, que atuou com três
volantes anteontem.
Com o desfalque de França, que
sofreu uma ruptura no músculo
adutor da coxa direita e não deve
voltar a jogar pelo clube, o técnico
são-paulino pode tornar seu time
mais defensivo, como fez no empate de anteontem com o Palmeiras, adiantando Kaká para o ataque e reforçando o meio-campo
com um terceiro volante.
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