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Denílson desafia Manchester por espaço na seleção
Volante que tomou o espaço de Gilberto Silva no Arsenal espera triunfar na Copa dos Campeões para atrair Dunga
Revelação são-paulina faz parte da geração de meio--campistas versáteis que tem em Anderson, do rival de hoje, outro expoente
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
Denílson, 21, tomou o espaço
de Gilberto Silva no Arsenal,
mas não o desbancou ainda na
seleção. Quem sabe consiga se
brilhar na semifinal da Copa
dos Campeões contra o Manchester United de Anderson,
outro versátil volante que frequenta o time de Dunga. Descoberto por Bauer, lendário volante da seleção, Denílson falou
à Folha do bom momento.
FOLHA - Considera o Manchester
United favorito na semifinal?
DENÍLSON - As pessoas acreditam que o Manchester é favorito, e prefiro que pensem assim.
Nesta temporada, o Arsenal ficou sempre em segundo plano.
Diziam que iríamos mal, e estamos numa evolução grande nos
últimos três meses. Vivemos
um momento bom e é hora de
crescer nesses jogos decisivos.
FOLHA - O Arsenal já ganhou do
Manchester nesta temporada...
DENÍLSON - Ganhamos de 2 a 1,
jogo dificílimo. Mas o momento é outro, tudo novo. A equipe
está concentrada, animada para o confronto. Pode mudar a
vida de todos os jogadores aqui.
FOLHA - O Arsenal não ter ainda o
título europeu ajuda ou atrapalha?
DENÍLSON - Levamos para o lado positivo. Está tudo na mão.
É o momento de focar e acreditar. Temos condições de vencer
o primeiro e o segundo jogo.
Chegar à final da Copa dos
Campeões será maravilhoso.
FOLHA - Como vê as semifinais?
DENÍLSON - O time que está melhor no momento é o Barcelona. É uma equipe fantástica,
com jogadores tops. Mas, dentro das quatro linhas, é diferente. Ninguém tem mais do que
dois colhões. Temos que encarar como adversário normal.
FOLHA - E a fase do futebol inglês?
DENÍLSON - De uns anos para cá,
a evolução é enorme. Os grandes jogadores querem disputar
o Inglês, melhor campeonato
do mundo hoje. Espero que a
cada ano a qualidade aumente e
que todos possam ver o Inglês.
FOLHA - É um jogo mais vistoso...
DENÍLSON - Comparando com
anos atrás, com certeza. Jogadores vêm da América Latina,
da Espanha, trazem qualidade.
No Arsenal, temos facilidade
para jogar com Walcott, Nasri,
Adebayor, Van Persie...
FOLHA - Como é lidar com o Arsène
Wenger [técnico do Arsenal]?
DENÍLSON - Excepcional. Como
treinador e no dia a dia, ele é
parceiro. Conversa com a gente, brinca, é uma coisa legal. A
gente fica feliz por ter um técnico como ele, que ensina.
FOLHA - Ele preferiu você ao Gilberto Silva, titular da seleção...
DENÍLSON - A oportunidade
veio no momento certo. Espero
sempre treinar com seriedade e
jogar da mesma maneira. Claro
que não atuarei bem em todos
os jogos, mas tento manter a regularidade. O plano é dar continuidade ao trabalho que faço
desde o início da temporada.
FOLHA - Dunga um dia também irá
preferir você ao Gilberto Silva?
DENÍLSON - Todo jogador da seleção tem seu mérito. O Gilberto Silva tem uma bagagem muito grande. Estou chegando agora. Sonho defender a seleção,
mas primeiro prefiro pensar no
clube. Desenvolvendo um trabalho bom, eu serei convocado
sim, com certeza.
FOLHA - Bauer te descobriu, não?
DENÍLSON - Foi. Quando estava
no Estrela da Saúde, escolinha
do meu pai. Ele estava chamando jogadores da região [zona sul
de São Paulo]. Me inscrevi. Eu e
meu irmão passamos e ficamos
na escolinha dele. Aí me indicou, junto com meu irmão, para
o São Paulo. Segui sozinho,
meu irmão abandonou.
FOLHA - O melhor do Arsenal?
DENÍLSON - O melhor hoje é o
Van Persie [desfalque hoje]. Há
nove meses ele ganha o melhor
do mês. Faz a diferença.
FOLHA - E o pior para marcar?
DENÍLSON - O Messi. É muito
perigoso, o melhor do mundo.
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