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Desgaste é maior problema brasileiro
DO ENVIADO A SEUL
Resultados melhores em amistosos e nenhuma lesão grave. Se
por um lado a seleção brasileira
chega ao Mundial da Coréia do
Sul e do Japão em boas condições,
por outro enfrenta problemas.
Boa parte de seus titulares está
entre os jogadores que mais atuaram em uma das mais desgastantes temporadas européias de todos os tempos.
Cafu, Lúcio, Roberto Carlos,
Emerson e Rivaldo disputaram
por seus clubes, em que são titulares absolutos, três competições
diferentes. Jogaram mais do que
os atletas que atuam no Brasil.
O caso mais grave é o de Roberto Carlos. Por obrigações contratuais, ele teve que jogar até um
simples amistoso do Real Madrid
contra o Japão, enquanto outros
de seus famosos companheiros de
clube repousavam.
O lateral-esquerdo foi um dos
jogadores que fizeram mais de 50
partidas na temporada européia,
marca que antes era atingida, geralmente, em 18 meses.
Na Alemanha, Lúcio, além de
jogar quase o mesmo número de
partidas, sofreu um desgaste
emocional pelo fracasso de seu
clube, o Bayer Leverkusen, na reta
final de duas competições -perdeu a decisão da Copa dos Campeões para o Real Madrid e a
chance de seu primeiro título alemão na última rodada.
Pela Roma, Cafu e Emerson
precisaram jogar o Italiano sob
tensão máxima até a última rodada, já que o clube que defendem
lutou pelo título até o final. Disputaram ainda duas fases inteiras da
Copa dos Campeões.
(PC)
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