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JOSÉ GERALDO COUTO
Ausência de Zidane só interessa aos fariseus
Os ânimos brasileiros foram exaltados pela declaração do francês
Vieira de que a seleção brasileira está em decadência.
Os fariseus comemoram a
contusão de Zidane, que deve
tirá-lo dos primeiros jogos da
Copa-2002. Os afoitos já declaram a morte antecipada da
França por conta da ausência
de seu maior astro.
Muitos sonham com uma revanche Brasil x França (nas
quartas-de-final) em que, desta
vez, saiamos por cima.
Calma, pessoal. Não há motivo para tanta bronca nem para
tão perverso otimismo.
Vieira não fez mais do que expressar o que atestam os resultados dos últimos três anos e
que se reflete até no estrambótico ranking da Fifa: o Brasil despencou do topo.
Além disso, a ausência de Zidane, por mais sentida que seja,
não torna a França um time
fraco. Basta lembrar que sem
ele os franceses nos venceram
com facilidade na Copa das
Confederações, no ano passado.
Está certo que, na ocasião, a
França contava com um inspirado Pires (ausente do Mundial
por contusão) e o Brasil era representado por Leo, Leomar,
Carlos Miguel, Washington...
O que importa é que, para voltar a subir, o Brasil não pode se
fiar no enfraquecimento circunstancial de seus adversários.
Tem é de reaprender a jogar.
Uma Copa sem Zidane seria
uma tristeza para todos os que
amam de verdade o futebol.
jgcouto@uol.com.br
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