São Paulo, quarta-feira, 29 de maio de 2002

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JOSÉ GERALDO COUTO

Ausência de Zidane só interessa aos fariseus

Os ânimos brasileiros foram exaltados pela declaração do francês Vieira de que a seleção brasileira está em decadência.
Os fariseus comemoram a contusão de Zidane, que deve tirá-lo dos primeiros jogos da Copa-2002. Os afoitos já declaram a morte antecipada da França por conta da ausência de seu maior astro.
Muitos sonham com uma revanche Brasil x França (nas quartas-de-final) em que, desta vez, saiamos por cima.
Calma, pessoal. Não há motivo para tanta bronca nem para tão perverso otimismo.
Vieira não fez mais do que expressar o que atestam os resultados dos últimos três anos e que se reflete até no estrambótico ranking da Fifa: o Brasil despencou do topo.
Além disso, a ausência de Zidane, por mais sentida que seja, não torna a França um time fraco. Basta lembrar que sem ele os franceses nos venceram com facilidade na Copa das Confederações, no ano passado. Está certo que, na ocasião, a França contava com um inspirado Pires (ausente do Mundial por contusão) e o Brasil era representado por Leo, Leomar, Carlos Miguel, Washington...
O que importa é que, para voltar a subir, o Brasil não pode se fiar no enfraquecimento circunstancial de seus adversários. Tem é de reaprender a jogar.
Uma Copa sem Zidane seria uma tristeza para todos os que amam de verdade o futebol.

jgcouto@uol.com.br



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